0,00€
A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z
Livros relacionados
 
 

Manoel de Oliveira Paiva [Ceará, 1861-Ceará, 1892] começa a sua actividade literária enquanto estuda na Escola Militar no Rio de Janeiro, fundando nessa altura a revista A Cruzada, onde publicou o seu folhetim Tal Filha, Tal Esposa. No entanto, dois anos mais tarde, tem de abandonar a Escola Militar por sofrer de tuberculose. Regressa então ao Ceará onde, enquanto jornalista, luta pelo abolicionismo. Paralelamente, intensifica a produção literária através de contos, crónicas e sonetos. Em 1889 é publicado em folhetins no jornal Libertador o seu romance de estreia, A Afilhada, e, três anos mais tarde, deixa pronto um novo romance, Dona Guidinha do Poço, que contudo só viria a ser publicado em 1952. Esta obra é considerada um dos mais marcantes romances do naturalismo brasileiro.

Livros relacionados
 

Fez o doutoramento no Departamento de Filosofia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e o mestrado em História Cultural e Política na mesma Universidade. Licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa e em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa.

Professor associado, desde 2012, na Faculdade de Direito da Universidade de Macau. Desde 2003, professor assistente na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Professor também na Universidade de Aix-Marseille.

Escreveu diversos artigos sobre História, História das Ideias, Filosofia e Literatura em jornais e revistas de especialidade e é autor dos livros Introdução ao pensamento social francês do século XVIII, UTAD, Vila Real (1987), A ideia de felicidade em Portugal no século XVIII, entre as luzes e o romantismo. Eticidade, moralidade e transcendência (2008).

Tradutor de poesia e poeta, publicou Caligrafia imperial e dias duvidosos, Assírio & Alvim, Lisboa (2007); Os últimos lugares, Assírio & Alvim (2004), Os limites da obscuridade, Caminho (1990), O roubo da fala, Ágora (1981).

Colabora com a Biblioteca Pública de Macau desde 2014.

Livros relacionados
 

Manuel António Sotto-Mayor da Silva Amado nasceu a 13 de Junho em Lisboa, quarto dos sete filhos do escritor e encenador Fernando Alberto da Silva Amado, natural de Lisboa, e de Margarida Abreu Sotto-Mayor, natural da ilha de São Miguel, Açores. Até aos 19 anos residiu numa grande casa do século XVIII, propriedade dos avós paternos e actual Museu de Lisboa. Passava as férias de Verão na praia de São Martinho do Porto.

Estudou no Colégio Moderno de 1944 até 1956, onde foi actor nos espectáculos de teatro promovidos pelo Colégio e dirigidos pelo actor Manuel Lereno, e no teatro da Mocidade Portuguesa (estrutura implementada pelo Estado Novo para «formação» e doutrinação da juventude), dirigido por António Manuel Couto Viana. Depois de receber de oferta uma caixa de tintas e um cavalete aos 14 anos, fora desenhando e pintando de forma autodidacta. Durante o último ano do liceu praticou desenho a carvão para poder concorrer ao curso superior de Arquitectura. Continuará a ser actor de teatro até cerca dos 20 anos, trabalhando também sob a direcção do seu pai no Teatro Universitário de Lisboa. Fez também, desde cedo, cenários para peças de teatro.

Em 1957 iniciou o curso de Arquitectura e pintou diversos retratos de amigos. Em 1959 trabalhou num atelier de arquitectura e no Verão foi um mês para Paris, onde grande parte do tempo foi passado na Cinemateca, registando depois os nomes dos filmes que via. O curso de Arquitectura será feito com interrupções, pois fora chamado a fazer o serviço militar em 1960 e, com o início da guerra colonial em 1961, foi logo de seguida como oficial miliciano para Angola, de onde regressaria em 1963. É em Angola que conhece Cruzeiro Seixas. Antes de partir, casara com Maria Teresa Rosa Viegas (que depois adopta o apelido Amado). Em 1964 nasceu o seu primeiro filho, Rodrigo, e um ano depois, a filha Rita. Em 1966 terminou o curso de Arquitectura enquanto trabalhava no Gabinete de Obras dos Edifícios Hospitalares Militares. em Junho de 1968 nasceu a sua filha Joana.

Em 1971 viajou com Teresa e o seu amigo Cruzeiro Seixas ao norte e centro de itália passando pela Catalunha e o sul de França, para ver pintura e arquitectura. Depois do 25 de abril de 1974, projectou a Loja 6, em Lisboa, um espaço dirigido por Teresa Amado dedicado à divulgação e venda de produtos de design.

Ao longo desses anos dedicou-se à pintura de forma intermitente, nas horas vagas. Em 1975 e 1976 participou em exposições colectivas na Sociedade Nacional de Belas-Artes e também numa colectiva organizada por Mário Cesariny e Cruzeiro Seixas, na Galeria Ottolini, em Lisboa. Fez o cenário para a peça de Peter Weiss Como o Senhor Mockinpott se libertou dos seus tormentos, levada à cena pelo Grupo 4, no Instituto Alemão em Lisboa.

Em 1978, a convite de Cruzeiro Seixas, que então dirigia a Galeria da Junta de Turismo da Costa do Sol no Estoril, fez a sua primeira exposição individual, mas as obras expostas não se destinavam a ser vendidas. No ano seguinte, projectou uma casa para a sua família no sopé da serra de São luís, no Parque Natural da Arrábida, que viria a ser tema de muitas das suas pinturas.

Em 1981 mudou para um novo emprego onde o horário de trabalho lhe permitia dedicar mais tempo à pintura. Em 1982 vendeu o seu primeiro quadro, a Mário Soares. A partir de 1983 começou a expor regularmente na Galeria de São Mamede em Lisboa, na Nasoni no Porto, e noutros locais. Em 1984 voltou ao palco para contracenar com a artista e amiga Lourdes Castro na peça de teatro de Almada Negreiros Antes de Começar, em quatro espectáculos realizados no Centro de arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.

Em 1986 expôs na Galeria de São Mamede a série Comboios, Estações e Apeadeiros. Este conjunto foi adquirido pelo Banco Comercial Português, que o mostrou de seguida na sua sede em Lisboa, aquando da inauguração, e nos anos seguintes por todo o país nas sedes distritais. Em 1987 esta série viajou a Washington, onde foi exposta na Smithsonian institution — Wilson Center. Simultaneamente, Manuel Amado fez uma exposição de pinturas na Patricia Carega Gallery, na mesma cidade. Durante esta viagem aos EUA viu pela primeira vez quadros de Edward Hopper que lhe causaram uma forte impressão.

A partir do Verão de 1987 passou a dedicar-se exclusivamente à pintura. Nos anos 1990 exporá novamente nos EUA, em Londres, Paris, Madrid, Pequim, além de fazer exposições regulares em Portugal. Fez o cenário para a peça irlandesa Playboy of the Western World de J.M. Synge, levada à cena pelo Grupo de Teatro da Malaposta. A convite da Casa Fernando Pessoa, pintou o tríptico O Quarto de Fernando Pessoa, que foi exposto em 1994 em simultâneo com a série A Casa sobre o Mar, para a qual Pedro Tamen escreveu um poema. A convite da Fundação Arte y Tecnologia da telefónica de Madrid realizou a primeira exposição antológica — Pintura 1971-1994— no Museu da Telefónica, em Madrid. Em 1998, a convite da Câmara Municipal de Lisboa e da Fundação Millennium bcp, realizou no Palácio Galveias, em Lisboa, uma grande exposição com temática de Lisboa. 1999 foi o ano do centenário do nascimento do pai e Manuel Amado colaborou em várias manifestações culturais comemorativas da efeméride, entre elas a da execução da capa para o livro À Boca de Cena — Fernando Amado, edição & etc.

Em 2000 pintou a série A Grande Cheia, que expôs na Fundação Calouste Gulbenkian, em Paris, no início de 2001. No livro bilingue Jogo de Reflexos — Poesia e Pintura — Nuno Júdice e Manuel Amado, publicado em França, Nuno Júdice dialoga em poesia com os quadros dessa série. Em Maio, a convite de José-Augusto França, realizou na Galeria Municipal, em Tomar, a exposição Grupos. No dia 31 de Dezembro de 2001 nasceram os netos trigémeos, Manuel, António e Ana.  

Em 2004 teve nova exposição antológica na SNBA: Manuel Amado PINTURA 1992/2004. A série O espectáculo vai começar… foi objecto de uma grande exposição no Palácio Nacional da Ajuda em 2007. Em Novembro desse ano nasceu a sua neta Maria. Em 2009 colaborou na cenografia da peça Menina Júlia de August Strindberg, com encenação de Rui Mendes, no Teatro Nacional D. Maria ii, em Lisboa. Em Agosto nasceu a sua neta Laura. Voltou ao teatro em pintura com a série Encenações, exposta em 2011 em Lisboa, na SNBA. Em 2016, Paula Rego escolheu um conjunto de obras suas para uma exposição na Casa das Histórias, em Cascais.

As casas que habitou, o cinema, a praia e o mar, os espaços transitórios e o teatro são a matéria de que é feita a sua pintura. Morreu em lisboa no dia 14 de Outubro de 2019.

 

A sua obra encontra-se representada em várias colecções públicas e privadas, nomeadamente Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação das Descobertas (Centro Cultural de Belém), Fundação Millennium bcp, Fundação Oriente, Fundação EDP, Fundação Portugal Telecom, Fundação Cupertino de Miranda, Fundação D. Luís I, Fundação das Casas de Fronteira e Alorna, Culturgest, Museu da Cidade (Lisboa), Casa-Museu Fernando Pessoa, Museu de Tomar (doação José-Augusto França), Museu do Convento de Jesus (Setúbal), Museu da Tapeçaria de Portalegre e Museu Colecção Berardo. No estrangeiro: Fundação Jacqueline Vodoz e Bruno Danese (Milão, Itália), Fundação Antonio Pérez — Museu de Arte Contemporânea (Cuenca, Espanha).

 

© Fotografia de Angel Ordiales, s/d.

Livros relacionados
 
Livros relacionados
 

Manuel Baptista (Faro, 1936-Lisboa, 2023).

Participa pela primeira vez numa exposição colectiva em 1956, no Círculo Cultural do Algarve, Faro. Em 1957 parte para Lisboa, onde frequenta o curso de Arquitectura na ESBAL (Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa), que mais tarde abandonará para se dedicar inteiramente à pintura. No mesmo ano realiza a sua primeira exposição individual, no Círculo Cultural do Algarve, Faro. Em 1960 ilustra a capa do n.º 5 dos Cadernos do Meio Dia, a primeira de uma longa série de trabalhos gráficos. Em 1962 conclui o Curso Complementar de Pintura na ESBAL. Nesse ano parte para Paris, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, onde reside até 1963. Em 1968 vive em Ravena, Itália, com uma bolsa do Instituto Italiano. Foi professor assistente de Pintura na ESBAL entre 1964 e 1972. Realiza a sua primeira obra pública em 1971, a convite da Secção Portuguesa da AICA, integrando a renovação da decoração do café A Brasileira. Em 1972 executa um conjunto de painéis de madeira na dependência de Sacavém do Banco Nacional Ultramarino. Dois anos depois, em 1974, participa na pintura colectiva comemorativa da Revolução de Abril realizada na Galeria de Arte Moderna, Belém. Entre 1977 e 1980 desloca-se regularmente a Lippstadt e SchmaIlenberg, na República Federal da Alemanha, onde trabalha e realiza quatro tapeçarias. Em 1988 apresenta a primeira retrospectiva de desenho e pintura (1956-1988), no Convento do Espírito Santo, Loulé. Realiza uma segunda retrospectiva de pintura (1963-1990) na Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisboa. Finalmente, em 1996, na Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, Almada, vê concretizada a sua primeira exposição antológica. No mesmo ano realiza os primeiros estudos para a intervenção plástica na estação Quinta das Conchas, no Lumiar, do Metropolitano de Lisboa. Entre 1990 e 2003 assume a direcção e programação das Galerias Municipais de Faro (Trem e Arco).

Continuou a realizar exposições das quais se destacam em 2011 Fora de Escala — Desenho e Escultura 1960-1970, apresentada no Museu da Electricidade/MAAT, em simultâneo com Escrever Paisagem – Desenho 1960-1970 na Fundação Carmona e Costa, e em 2019 Sombras e Outras Cores, em simultâneo na Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva e na Giefarte.

Recebeu vários prémios nacionais: 1.º Prémio de Pintura, Prémio Guerin de Artes Plásticas, 1968; Prémio Soquil, 1970; Prémio de Pintura da IV Bienal de Cerveira, 1984; Prémio BANIF de Pintura, 1993. Em 2012 recebeu o Prémio Autores atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores pela exposição Fora de Escala — Desenho e Escultura 1960-1970, apresentada no Museu da Electricidade/MAAT, Lisboa

Livros relacionados
 

É professor auxiliar na Faculdade de Comunicação, Artes, Arquitectura e Tecnologias da Informação (FCAATI) da Universidade Lusófona do Porto (ULP) e professor auxiliar convidado na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É doutorado em Ciências da Comunicação, especialidade de Cultura Contemporânea e Novas Tecnologias (FCSH-UNL), com uma tese intitulada «Materialidade e Tecnicidade: investigação sobre a objectualidade técnica», tendo sido bolseiro FCT. É investigador integrado no Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias (CICANT), membro do comité científico do projecto europeu financiado «CA2RE+ Collective Evaluation of Design Driven Doctoral Training» e é o representante dos jovens investigadores da secção de Filosofia da Comunicação da European Communication Research and Education Association (ECREA). Integrou, entre 2017 e 2021, a direcção do doutoramento em Arte dos Media (ULP/ULHT). Investiga e publica nas áreas da filosofia da técnica, das materialidades dos media e da teoria da cultura.

Livros relacionados
 

Nasceu em Lisboa em 1950. É professor associado na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Vive e trabalha em São Pedro do Estoril.

Licenciatura em Arquitectura, Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (1968-1976). Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian na Byam Shaw School of Art, Londres, entre 1983 e 1985. Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian na Slade School of Fine Art, Londres, entre 1985 e 1987 (Higher Diploma in Fine Art). Doutoramento em Belas-Artes/ Pintura, Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, 2006.

Participou em múltiplas mostras colectivas. Entre as suas exposições individuais podem destacar-se as seguintes: Fundação Calouste Gulbenkian (1986; 1994); Museu Nacional de Arte Antiga (2000; 2019-2020); Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, Fundação Calouste Gulbenkian (2005); Museu de Arte Contemporânea de Elvas (2008); Fundação EDP (2008); Centro Cultural de Lagos (2005, 2009); Fundação PLMJ (2012); Pavilhão Preto, Museu da Cidade, Câmara Municipal de Lisboa (2014); Galeria do Parque, Vila Nova da Barquinha (2014-2015); Convento dos Capuchos, Costa da Caparica (2019-2020); e ainda nas galerias Módulo (Lisboa e Porto), Flowers East (Londres), Miguel Nabinho (Lisboa), Fernando Santos (Porto), João Esteves de Oliveira (Lisboa), Gomes Alves (Guimarães), etc.

Está representado em diversas colecções públicas e privadas, podendo destacar-se as seguintes: Culturgest, Caixa Geral de Depósitos, Lisboa; Coleção Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Coleção de Arte Moderna e Contemporânea – Norlinda e José Lima, São João da Madeira; Fundação EDP, Lisboa; Fundação PLMJ, Lisboa; Millennium BCP; Museu de Arte Contemporânea de Elvas, Coleção António Cachola, Elvas; Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, Lisboa.

 

Born in Lisbon, in 1950. He is an associate professor at the Faculty of Fine Arts, University of Lisbon. He lives and works in S. Pedro do Estoril.

Studied architecture at Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (1968-76). A grant from the Calouste Gulbenkian Foundation allowed him to study at the Byam Shaw School of Art (1983-85) and the Slade School of Fine Art, London (1985-87). Holds a PhD degree in Fine Arts / Painting (Faculty of Arts, University of Lisbon, 2006).

He took part in numerous group exhibitions. He held many one person exhibitions, namely: Calouste Gulbenkian Foundation, Lisbon (1986; 1994); Museu Nacional de Arte Antiga, Lisbon (2000; 2019-20); Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, Calouste Gulbenkian Foundation, Lisbon (2005); Museu de Arte Contemporânea de Elvas, Elvas (2008); EDP Foundation, Lisbon (2008); Lagos Cultural Centre, Lagos, Portugal (2005, 2009); PLMJ Foundation, Lisbon (2012); Pavilhão Preto, Museu da Cidade, Câmara Municipal de Lisboa, Lisbon (2014); Galeria do Parque, Vila Nova da Barquinha (2014-15); Convento dos Capuchos, Costa da Caparica (2019-2020); and also in art galleries such as: Módulo (Lisbon and Oporto), Flowers East (London), Miguel Nabinho (Lisbon), Fernando Santos (Oporto), João Esteves de Oliveira (Lisbon), Gomes Alves (Guimarães), etc.

His work is featured in many public and private collections, such as: Culturgest, Caixa Geral de Depósitos, Lisbon; Collection of Modern and Contemporary Art – Norlinda and José Lima, S. João da Madeira; Modern Collection, Calouste Gulbenkian Foundation, Lisbon; EDP Foundation, Lisbon; PLMJ Foundation, Lisbon; Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, Lisbon; Millennium BCP, Lisbon; Contemporary Art Museum, Elvas (António Cachola collection); Lisbon Contemporary Art Museum, Museu do Chiado.

Livros relacionados
 
 
Livros relacionados
 

Nasceu em Lisboa a 12 de Janeiro de 1954.

Estudou pintura (ESBAL) e Sociologia (ISCSP) em Lisboa. Em Nova Iorque, completou o Whitney Museum of American Art Independent Study Program (1980/81) e estudou História de Arte na New York University (B.A. 1983) e no Institute of Fine Arts/NYU (M.A. 1985, com especialização em arte contemporânea).

Foi responsável pelas aquisições da Colecção de Arte Contemporânea Portuguesa da Fundação Luso-Americana, Lisboa (1986-2005).

Num regime eventual, escreve sobre arte e comissaria exposições, participando também em conferências, seminários e colóquios na área da Teoria, História e Crítica de Arte.

Desde 1994 é Director Executivo do Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual, Lisboa, onde exerce actividade lectiva como coordenador do Curso Avançado de Artes Plásticas.

Livros relacionados
 
 

Manuel Pedro Ivens Collares-Pereira, Engenheiro Electrotécnico (IST-1974) e Ph.D. em Física (Universidade de Chicago, 1979), com Agregação (UNL). Desde Abril de 2019 está na situação de reformado e é Consultor Científico da Vanguard Properties, desde Outubro de 2021. Anteriormente: Investigador Coordenador da Cátedra de Energias Renováveis, Universidade de Évora até 2019, onde também foi Presidente do Conselho Científico do IIFA (Instituto de Investigação e Formação Avançada) e, depois, seu Director. Fundador (em 2012) e Presidente do Instituto Português de Energia Solar, até ao presente. De 1996 a 2010, foi Professor Catedrático Convidado no Departamento de Física do IST. Investigador Coordenador no INETI-LNEG até 2006, no Departamento de Energias Renováveis. Fundador e duas vezes Presidente do CCE, Centro para a Conservação de Energia (a actual ADENE). Fundador e duas vezes Presidente da SPES, Sociedade Portuguesa de Energia Solar (Secção Portuguesa da ISES) e Presidente da ACTD – Associação para a Ciência Tecnologia e Desenvolvimento. Foi fundador e CSO de várias empresas na área da Energia.

Foi Editor Associado da Solar Energy (Elsevier).

Tem uma extensa obra de investigação em Energia Solar, como especialista em Óptica e Termodinâmica. É o autor dos livros As Energias Renováveis: a Opção Inadiável (1998) e Jeremias e o Desenvolvimento Sustentável (2020) e de um grande número de publicações científicas (>260) em áreas como «Non Imaging Optics», Electricidade Solar por Via Térmica e PV, Iluminação e Fotocatálise, Estatística da Radiação Solar, Engenharia de Sistemas Solares para Aquecimento de Água, Aquecimento e Arrefecimento Ambiente, Frio por Absorção, Secagem Solar, Lagos Solares, Estufas Solares e Cocção Solar. Foi proponente e Coordenador de muito projectos nacionais e europeus, incluindo o actual programa H2020. Representou Portugal inúmeras vezes em instâncias ID europeias.

É membro da Academia de Engenharia (Portugal) e membro honorário da Academia Mexicana de Energia. É membro da Academia das Ciências de Lisboa.

Recebeu vários prémios, com destaque para o prémio «Heating and Cooling Award for Lifetime Achievement» da Agência Internacional de Energia (IEA).

Livros relacionados
 
Livros relacionados
 
 

Nasceu em Lisboa, em 1991.

Professor do Curso de Comunicação Audiovisual da Escola Artística António Arroio, em Lisboa, onde lecciona a disciplina de Imagem e Som, dinamiza o Cineclube desta instituição, iniciativa que, em articulação com diferentes agentes do sector audiovisual, procura dar a ver a toda a comunidade educativa o património das imagens em movimento e as práticas cinematográficas contemporâneas, promovendo a renovação do olhar e a criação. Integra a Comissão do Núcleo do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (FENPROF) na Escola Artística António Arroio. Em 2020, foi eleito representante do pessoal docente do ensino secundário público no Conselho Municipal de Educação de Lisboa

Pós-graduado em Filosofia, na área de especialização de Estética, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, licenciou-se em Cinema, no ramo de Realização, pela Escola Superior de Teatro e Cinema do Instituto Politécnico de Lisboa.

Realizou alguns filmes curriculares premiados em diferentes festivais: Prémio «Take One!» do Festival Curtas Vila do Conde 2012; Prémio «Melhor Filme — Ensaios Visuais» do Festival Caminhos do Cinema Português 2012; Prémio «PrimeirOlhar / Oficial 2012» dos Encontros de Cinema de Viana do Castelo; Prémio «Património Imaterial 2012» do Concurso de Vídeo da Fundação INATEL; Prémio «PrimeirOlhar / Oficial 2009» dos Encontros de Cinema de Viana do Castelo.

Em 2013, foi bolseiro do Seminário Internacional sobre Cinema Documental «Doc’s Kingdom — Ideia de uma Ilha», realizado nas ilhas do Faial e do Pico, Açores.

Tem participado como júri e orador convidado em diferentes iniciativas.

Na juventude foi co-fundador de uma associação de promoção cultural e cívica com intervenção centrada em Corroios, freguesia do concelho do Seixal onde cresceu. Eleito da Assembleia de Freguesia de Corroios (2021-2025), presidiu a esse órgão autárquico no mandato de 2017 a 2021. 

 

© Fotografia de Miguel Barros

Livros relacionados
 

Poeta, ensaísta, tradutor e professor universitário, nasceu em Évora, em Dezembro de 1945. 

Licenciou-se em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa, tendo-se doutorado com a tese sobre a poética de Francis Ponge, em 1987. É professor na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, desenvolvendo trabalho nas áreas da Literatura Portuguesa, Literatura Francesa e Teoria da Literatura. É membro da Associação Internacional de Literatura Comparada e fundador da Associação Portuguesa de Literatura Comparada. 

Pertenceu às redacções das revistas  O Tempo e o Modo e  Letras e Artes e foi colaborador permanente do Jornal Crítica, entre 1961 e 1971. Foi fundador das revistas Ariane (revue d’études littéraires françaises), que se publica desde 1982, e Dedalus, da Associação Portuguesa de Literatura Comparada, desde 1991). É coordenador editorial da revista Vértice desde 1988. 

Tem reconhecida obra no domínio do ensaio, designadamente sobre Fernando Pessoa, Carlos de Oliveira, Nuno Bragança, Maria Velho da Costa, Luiza Neto Jorge e Gastão Cruz. Estreou-se como poeta aos 45 anos, em 1990, com Dois Sóis, A Rosa - A Arquitectura do Mundo. Seis anos depois, publicou Mapas - O Assombro e a Sombra. Mas foi com Teatros do Tempo que o eco da sua obra se alargou. 

 

 

Livros relacionados
 

(Barcelona, 1970). Doutor em Filosofia pela Universidad Pontificia de Salamanca, realizou estudos de filosofia no Institut Catholique de Paris, na École Pratique des Hautes Études, Section V, «Sciences Religieuses» e na Université de Paris 1 (Pantheon-Sorbonne). Tem efectuado estudos teológicos em diversos centros de Espanha, França e Portugal. Professor de diversos centros universitários no Equador e em Espanha: na Universidad Internacional FLACSO (Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales) e na Pontificia Universidad Católica del Ecuador, e Professor Estável da Área de Filosofia do Instituto Superior de Ciências Religiosas de Mérida-Badajoz, assim como Professor Ordinário da Área de Filosofia do Instituto Teológico «San Pedro de Alcántara» de Cáceres (centros da Universidad Pontificia de Salamanca). Actualmente, é Investigador Auxiliar (Programa C-2008 de FCT) no Instituto de Filosofia, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Colabora com diversas revistas de filosofia, de pensamento medieval e franciscano. Actividade do projecto de investigação, Iberian Scholastic Philosophy at the Crossroads of Western Reason: The Reception of Aristotle and the Transition to Modernity (ISPCWR — Ref.: PTDC/FIL-FIL/109889/2009). Entre as suas publicações podemos assinalar: La creación en Buenaventura. Acercamiento filosófico a la metafísica expresiva del ser finito (Grottaferrata — Roma, 2005).

Livros relacionados
 
Livros relacionados
 
 

 

Nasce em Beja. Em 1978 conclui a licenciatura em escultura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa e trabalha com o escultor João Cutileiro. Expõe individualmente, pela primeira vez, em 1984, na Módulo — Centro Difusor de Arte, Lisboa.

Utilizando materiais como a pedra, o bronze, o vidro e o metal, do seu trabalho Nuno Faria diz: «O vocabulário de Manuel Rosa é amplo em termos formais, temáticos e materiais. É um trabalho que, entre referências à escultura primitiva e pré-clássica, à Arte Povera e à geração de escultores britânicos surgida nos anos 80 do século passado, se destacou pela forma como construiu um forte sentimento de intemporalidade, por um lado, e uma intensa ligação à terra e aos materiais do lugar, por outro.

Reiterando, por um lado, arquétipos poderosos — a casa, o barco, o corpo humano —, e, por outro, objectos sem aura, de uso corrente ou índole industrial — cabaças, bolas, baterias de automóvel —, o artista opera, com desconcertante liberdade processual, uma ininterrupta circulação entre energia e forma, figura e sombra, cheio e vazio, totalidade e fragmento, pequena e grande escala, o efémero e o perene.»

As suas exposições individuais mais recentes foram: Clareira, SNBA, Lisboa (2018); Esculturas — Obras da Coleção de Serralves, Museu Internacional de Escultura Contemporânea, Santo Tirso (2018); Clareira, CIAJG, Guimarães (2019); Primeiro os pés __ depois a cabeça, Ala da Frente, Vila Nova de Famalicão (2019); Ora as sombras existem, Land Art Cascais, Quinta do Pisão, Cascais (2020); Escultura, Galeria Neupergama, Torres Novas (2022).

Desenvolveu também uma intensa actividade na edição, desde 1975 (ainda aluno na ESBAL) na editora Assírio & Alvim, e desde 2012 na Sistema Solar / Documenta.

Fotografia de Duarte Belo

Livros relacionados
 

Artista plástico, músico e artista de variedades, nasce em Lisboa, onde vive e trabalha. Como Manuel Vieira, a sua arte é hiperfigurativa.

Completa o curso de pintura da ESBAL, onde é co-fundador do grupo Homeostética, com Pedro Proença, Pedro Portugal, Fernando Brito, Ivo e Xana, em 1983. Este histórico movimento é o ponto de exclamação e interrogação da arte dos anos 80 em Portugal.

Posteriormente sê-lo-á também dos grupos Ases da Paleta (1989), com Pedro Portugal, Fernando Brito e João Paulo Feliciano. Nele assume o nome de Sanita Pintor, aludindo ao mítico Santa Rita, caricaturando algumas correntes mais ou menos icónicas da arte contemporânea da época (completamente diferentes das de hoje em dia).
Funda o movimento Orgasmo Carlos (2004), que com as suas quatro históricas exposições inventa a Arte Masculinista, por oposição à Arte Feminista, e se assume como canto do cisne do Pintor Macho Latino Provinciano. Os membros do grupo são artistas desconhecidos e as suas obras irreconhecíveis, sendo estas assinadas por todos, simplesmente, como «Orgasmo Carlos».
Parte integrante e seguidamente dissidente do Movimento Bolista, rompe com este devido à atitude dos seus membros, que se recusaram a executar quaisquer obras assim como a fazer exposições. «A nossa Não-Arte é para o Não-Espectador», afirmam. Vieira discorda dessa atitude e funda o movimento neobolista, do qual será até hoje o único elemento.
Executa a performance Candidato Vieira, com a participação de Pedro Portugal e Filipe Melo, assim como de Fernando Brito e Pedro Proença, em 2001, na qual se candidata à Presidência da República portuguesa com um programa absurdo e, por vezes, caricatural, percorrendo o país, estabelecendo assim de facto uma ponte entre o universo da política, os media e a pura ficção. O seu leite-motivo é «Só desisto se for Eleito» ou «Um país de dez milhões de navegadores solitários».
Na área da música ligeira, como performer, escritor e compositor, organiza os grupos de música Ena Pá 2000, Os Irmãos Catita, Corações de Atum, O Lello Perdido e o Quarteto 4444, entre outros. Nas suas performances em palco experimenta passar do estado de sobriedade absoluta até ao de semi-inanição alcoólica, contando a história da sua vida, que sempre que ganha contornos diferentes neles encarna heterónimos como Lello Minsk ou Elvis Ramalho. Só acaba as performances depois de todos os outros músicos e o próprio público saírem da sala.
Entre outros objectos de Vídeo Arte, realiza o pindérico programa de televisão de vanguarda «Portugal Alcatifado», no canal Q, sem qualquer sucesso comercial, investindo a maior parte da sua fortuna pessoal. Participa em vários filmes portugueses para tentar recuperar dinheiro.
Na sua última exposição, na Cordoaria Nacional, reproduziu a sua casa/atelier à escala 100/100, com todo o respectivo recheio, sem esquecer mesmo o pó ou o lixo, numa ossatura de carpintaria de teatro executada pelo mestre Fernando Abreu, e viveu lá, sendo filmado em directo 24 horas por dia.
Tem obras na colecção do Museu de Serralves, Fundação Ilídio Pinho, FLAD e Portugal Telecom.
Livros relacionados
 

Nasceu em Lisboa em 1944 e estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio.

Instalou-se em Paris no final dos anos 60 onde foi assistente de René Bertholo e conheceu Lourdes Castro. Nas décadas de 70 e 80 colaborou no Teatro de Sombras de Lourdes Castro com a criação de dispositivos de iluminação e partilhando a autoria das obras As Cinco Estações, 1976-80, e Linha de Horizonte, 1981-85.

O trabalho de Manuel Zimbro foi exposto em seis momentos: Torrões de Terra, Assírio & Alvim, Lisboa, 1995; história secreta da aviação, Porta 33, Funchal, 1997; história secreta da aviação, Assírio & Alvim, Lisboa, 1998; história secreta da aviação, Galeria Lino António, Escola Artística António Arroio, Lisboa, 2005; À Luz da Sombra, Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves, Porto, 2010; e Linha de Horizonte, Chiado 8, Lisboa, 2013.

Aproximou-se do pensamento de David Bohm e do budismo zen, cuja filosofia divulgou em Portugal. Em 1993 organizou com Pedro Morais a exposição Sutra do Coração. Caligrafia do mestre zen Hôgen Daidô no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian. Co-traduziu e coordenou os livros Folhas Caem, um Novo Rebento e No caminho aberto, ambos da autoria de Hôgen Yamahata. Em 2003 coordenou a edição do volume colectivo Desenho com Nuno Faria, uma iniciativa da Fundação Carmona e Costa.

Morreu em 2003 na Ilha da Madeira.

Livros relacionados
 
 
 
 

Docente da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa desde 1984, onde tem lecionado diversas disciplinas na área da Biologia Vegetal.

Especialista em taxonomia, sistemática, biogeografia e ecologia de briófitos de Portugal e da Macaronésia.
O trabalho de investigação que tem desenvolvido compreende a ecologia das comunidades de briófitos, com interesse especial pela avaliação de parâmetros ambientais. Tem igualmente colaborado na determinação e aplicação de critérios de vulnerabilidade em espécies de briófitos de Portugal continental e da Macaronésia, visando a valorização e a conservação do património natural. Os aspetos relacionados com a avaliação de afinidades biogeográficas, em particular dos padrões de colonização e processos de diversificação e origem de espécies da flora de Portugal e da Macaronésia, têm sido igualmente desenvolvidos.
De referir ainda, investigação aplicada através da biomonitorização ambiental por meio de briófitos e líquenes. Tais estudos têm possibilitado o reconhecimento destes organismos como indicadores biológicos da qualidade do ar, da água e de alterações climáticas. Tem ainda desenvolvido estudos de certificação de cartografia de grandes unidades da vegetação, por meio de bioindicadores.

Publicou cerca de 80 artigos em revistas internacionais com arbitragem científica. Colaborou na publicação de 6 livros e em 15 capítulos de livros.

Livros relacionados
 

É doutorada em Biologia pelo Instituto de Tecnologia Química e Biológica da Universidade Nova, mestre em Epidemiologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova e licenciada em Medicina Veterinária pela Universidade Eduardo Mondlane em Maputo, Moçambique (reconhecido pela Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa, Portugal). É professora associada com agregação no Departamento de Medicina Veterinária na Universidade de Évora, membro integrado do MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento, da Universidade de Évora. Foi coordenadora do Projecto Alfa Europeaid/126-821/C/ACT/RAL «The SAPUVETNET III – Project»: Contributing to the millennium development goals through the one health concept» de 2008 a 2012. É membro das redes internacionais NEOH (COST TD 1404), CYSTINET (COST TD 1302), SAPUVETNET III, CYTED e REALP. É directora do Mestrado «Uma Saúde: Saúde Pública Humana e Animal» e regente das Unidades curriculares de Epidemiologia, Higiene e Saúde Pública e Medicina Preventiva e Saúde Pública do Mestrado Integrado em Medicina Veterinária da Universidade de Évora.

Livros relacionados
 
Livros relacionados
 
 
 
Livros relacionados
 

Possui graduação em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1986), mestrado em Letras (Língua e Literatura Alemã) pela Universidade de São Paulo (1991), doutoramento em Teoria Literária e Literatura Comparada pela Freie Universität Berlin (1996), pós-doutoramento pelo Zentrum Für Literaturforschung Berlin (2002) e por Yale (2006). É Professor titular de Teoria Literária na UNICAMP e pesquisador do CNPq. É autor dos livros Ler o Livro do Mundo. Walter Benjamin: romantismo e crítica poética (Iluminuras/FAPESP, 1999, vencedor do Prêmio Mario de Andrade de Ensaio Literário da Biblioteca Nacional em 2000), Adorno (PubliFolha, 2003), O Local da Diferença. Ensaios sobre memória, arte, literatura e tradução (Editora 34, 2005, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria Melhor Livro de Teoria/Crítica Literária 2006), Para uma crítica da compaixão (Lumme Editor, 2009) e A atualidade de Walter Benjamin e de Theodor W. Adorno (Editora Civilização Brasileira, 2009); organizou os volumes Leituras de Walter Benjamin (Annablume/FAPESP, 1999; segunda edição 2007), História, Memória, Literatura: o Testemunho na Era das Catástrofes (UNICAMP, 2003) e Palavra e Imagem, Memória e Escritura (Argos, 2006); co-organizou Catástrofe e Representação (Escuta, 2000), Escritas da violência. Vol. I: O testemunho (7Letras, 2012) e Escritas da violência. Vol. II: Representações da violência na história e na cultura contemporâneas da América Latina (7Letras, 2012); Imagem e Memória (Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2012). Traduziu obras de Walter Benjamin (O conceito de crítica de arte no romantismo alemão, Iluminuras, 1993), G.E. Lessing (Laocoonte. Ou sobre as Fronteiras da Poesia e da Pintura, Iluminuras, 1998), Philippe Lacoue-Labarthe, Jean-Luc Nancy, J. Habermas, entre outros. Possui vários ensaios publicados em livros e revistas no Brasil e no estrangeiro. Foi Professor Visitante em Universidades no Brasil, Argentina, Alemanha e México. Actua principalmente nos seguintes temas: romantismo alemão, teoria e história da tradução, teoria do testemunho, literatura e outras artes, teoria dos media, teoria estética dos séculos XVIII ao XX e a obra de Walter Benjamin.

Livros relacionados
 
Livros relacionados
 

É doutorado em Ciências Musicais, variante de Etnomusicologia na NOVA FCSH, ao abrigo do programa Doctor Europaeus. Os seus interesses teóricos centram-se nos seguintes tópicos: construção sonora de nações e nacionalismo no continente africano; comportamento expressivo, género e sexualidade; estudos de música popular e das indústrias da música; música, propaganda e conflito; humanidades digitais e infraestruturas de investigação; e história da Etnomusicologia. Desde 2010 que colabora com o Departamento de Ciências Musicais da NOVA FCSH na lecionação de várias disciplinas de licenciatura e de mestrado. Entre 2020 e 2023 integrou a equipa de investigação da Infraestrutura ROSSIO: Ciências Sociais, Artes e Humanidades como especialista em música. Em abril de 2023 iniciou o projeto de investigação «Battle of Frequencies» (2022.03938.CEECIND) no âmbito do concurso internacional CEEC individual (FCT), que tem como objetivo explorar o lugar da música, da radiodifusão e da propaganda política durante a guerra de libertação em Moçambique (1964-1974).

Livros relacionados
 
 
 

(1957-2024). Licenciada em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e Doutorada em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, foi professora do Departamento de Ciências da Comunicação da FCSH da Universidade Nova de Lisboa e da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, onde leccionou disciplinas na área de Cultura Visual e de Teoria da Fotografia.

Entre as obras publicadas, contam-se Fotografia e Narcisismo — O Auto-Retrato Contemporâneo (Lisboa: Assírio & Alvim, 2000), Fotografia e Verdade — Uma História de Fantasmas (Lisboa: Assírio & Alvim, 2010), A Última Imagem (Fotografia de Uma Ficção) (Lisboa: Documenta, 2012) e Animismo e Outros Ensaios (Lisboa: Documenta, 2023). Em 2008 editou o n.º 39 da Revista de Comunicação e Linguagens sob o tema «Fotografia(s)».

Desde 1989, publicou regularmente, em jornais e revistas, na area da crítica, história e teoria da fotografia. 

Livros relacionados
 
 

Doutorada em Ciências Veterinárias pela Universidade de Lisboa; Mestre em Biologia da Conservação pela Universidade de Évora; Licenciada em Medicina Veterinária pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, e Licenciada em Enfermagem pela Escola de Superior de Enfermagem de Coimbra. Foi docente do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Évora, nas áreas de Saúde Pública e Doenças Infecciosas, presentemente em formação especializada em Saúde Pública e Microbiologia pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças. Membro integrado do Comprehensive Health Research Centre (CHRC), os seus interesses focam-se no estudo de zoonoses numa abordagem de «Uma Saúde, Saúde Pública», e estratégias de educação e profissionalização [ORCID https://orcid.org/0000-0003-0997-5683].

Livros relacionados
 
 

É doutorada em Semiologia pela Universidade de Paris VII (1981) e agregada em Teoria da Cultura pela Universidade do Minho (2011). Actualmente aposentada, foi, desde 1981, professora no Departamento de Ciências da Comunicação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Pertenceu aos Conselhos Científicos do Doutoramento interuniversitário de Estudos de Género (FCSH, ISCSP, FLUL), criado em 2018, e do Doutoramento Communication Studies: Technology, Culture and Society — FCT (UM, ISCTE, UBI, Lusófona e CIMJ e CECL da Nova) em Ciências da Comunicação, criado em 2012. É investigadora no Instituto de Comunicação da Nova — ICNova. Foi presidente do Centro de Estudos de Comunicação e Linguagens — CECL — a partir de 2014. Foi directora da Revista de Comunicação e Linguagens, entre 1999 e 2006. Fundou em 2016, com Jorge Lozano, a Associação Ibérica de Semiótica. Em 2018, recebeu o Prémio do Centro Nacional de Cultura — Uma ideia para mudar o mundo — patrocinado pelo Presidente da República e pelo secretário-geral da ONU, com o projecto O Outro Sou Eu — plataforma colaborativa. Da investigação mais recente destaca-se a coordenação da secção Glossário do AFRICAN-EUROPEAN NARRATIVES; Programme: Europe for Citizens. Dirige o projecto We The People — Plataforma Colaborativa, Intercultural, sediado no ICNova, em parceria com a Fundação Aga Khan. O mais recente livro de que é autora intitula-se Culturas do Eu — Configurações da Subjectividade, 2019.

Livros relacionados
 
 
 
 
Livros relacionados
 
 
 
 

Professora Catedrática, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL). Doutorou-se em 1992 com a tese O Pensamento Morfológico de Goethe (INCM, Lisboa, 1995). É membro do Instituto de Filosofia da Linguagem (IFILNOVA) e do Groupe International de Recherches sur Nietzsche (GIRN). Foi membro do Conselho Científico do Collège International de Philosophie, Paris (2003-2009).

Escreve sobre problemas de estética, enquanto problemas de conhecimento e de linguagem, para revistas de filosofia e de literatura, entre outras, Filosofia e Epistemologia, Prelo, Análise, Revista Ler, Sub-Rosa, A Phala, Internationale Zeitschrift für Philosophie, Philosophica, Belém, Dedalus, Intervalo, Rue Descartes, Chroniques de Philosophie, La Part de l’Oeil, Cadernos Nietzsche, Lettre International, Diaphanes.

Tem igualmente escrito para catálogos e outras publicações sobre arte e artistas, portugueses e estrangeiros, entre os quais, Jorge Martins, Ruy Leitão, Rui Chafes, Helena Almeida, Ana Vieira, Luísa Correia Pereira, Julião Sarmento, Rui Sanches, António Sena, José Pedro Croft, Bernard Plossu, Juan Muñoz, Noronha da Costa, Antony Gormley, Louise Bourgeois, Francisco Tropa, Amadeo de Souza-Cardoso, Alberto Giacometti, Alexandre Conefrey.

Co-autora e locutora do programa de rádio «Ruas de sentido único», (Antena 2, Maio-Julho 2019), actividade do projecto «Fragmentação e Reconfiguração: a experiência da cidade, entre arte e filosofia», apoiado pela FCT (2018-2021), do qual é coordenadora.

Principais publicações: Semear na Neve. Estudos sobre Walter Benjamin (Relógio D’Água, Lisboa, 1999 — Prémio PEN Clube 2000 para Ensaio), A Imperfeição da Filosofia (Relógio D’Água, Lisboa, 2003), O Absoluto Que Pertence à Terra (Edições Vendaval, 2005), Símbolo, Analogia e Afinidade (Edições Vendaval, 2009), O Químico e o Alquimista. Benjamin, Leitor de Baudelaire (Relógio D’Água, 2011 — Prémio PEN Clube 2012 para Ensaio), As Nuvens e o Vaso Sagrado (Relógio D’Água, 2014), Rebuçados Venezianos (Relógio D’Água, 2016 — Prémio AICA/FCC 2017), Depósitos de Pó e Folha de Ouro (Lumme Editora, São Paulo, 2016), Cerimónias (Chão da Feira, Belo Horizonte, 2017), Dia Alegre, Dia Pensante, Dias Fatais (Relógio D’Água, 2017— Prémio PEN Clube 2018 para Ensaio).

 

Fotografia de Jorge Molder, 2015.

Livros relacionados
 
Livros relacionados
 

Artista visual nascida em Zamora, Espanha, vive e trabalha em Londres e Madrid. O seu mais recente trabalho versa sobre mulheres artistas e do reconhecimento do seu papel pela história de arte. Tirou um mestrado em Belas-Artes pela Universidade Complutense de Madrid (UCM). A sua educação clássica permite-lhe um domínio de técnicas diversas, alcançando um largo espectro de media: desenho, pintura, bordado, vídeo, performance, conferências… O seu trabalho performativo atual, Queridas viejas, propõe-se reescrever a história de arte ocidental, para incluir as mulheres artistas, excluídas da sua narrativa pelos historiadores. Trabalha com a Gowen Contemporary Gallery em Genebra e é colaboradora regular de Casa Amarilla, Guillermina Caicoya Art Projects, Rafael Pérez Hernando Gallery em Espanha e Páramo Galería em Guadalajara, México.

Livros relacionados
 
 
 
 

Doutora em História das Ideias Políticas pela FCSH-UNL (em 2007, com uma tese sobre John Rawls e Robert Nozick), é investigadora permanente do Grupo de Teoria Política do CEH-UM, investigadora do Observatório Político e membro do Seminário Livre de História das Ideias da UNL. Conferencista em História das Ideias Políticas do Departamento de Estudos Políticos da FCSH-UNL (2009/12) e do mestrado em Filosofia Política da Universidade do Minho (desde 2013/14). Como bolseira de pós-doutoramento da FCT desenvolveu os projectos Paz, Democracia e Direitos Humanos nos Contornos da Utopia Realista Rawlsiana (2008/11) e Justiça Global e Direitos Humanos (2011/14). Autora de artigos publicados em livros e revistas científicas e das obras A Ideia de Justiça em Antero de Quental (Iman, 2002) e Utopia Realista (Fonte da Palavra, 2014).

Livros relacionados
 

Nasceu em 1963, em Lisboa e viveu a sua infância em Angola. Regressou em Fevereiro de 1975 e estudou na Universidade Nova de Lisboa, onde se licenciou em Filosofia, realizou dissertação de mestrado (tendo publicado o livro O Anjo Melancólico a partir da dissertação) e se doutorou, em Filosofia Contemporânea, com a tese Walter Benjamin, Messianismo e Revolução: a História Secreta. Actualmente é professora no Ensino Secundário e foi Professora Auxiliar no IADE (Creative University of Lisbon) entre 2011 e 2015.

É actualmente membro integrado do Centro de Filosofia da Faculdade de Letras de Lisboa (desde 2012) e Membro Associado do Collège d’Études Juives et de Philosophie Contemporaine, Membro da Direcção do Pen Clube Português, da APE (Associação Portuguesa de Escritores) e da APCL (Associação Portuguesa de Críticos Literários). Publicou várias obras de Ficção, Poesia e Ensaio.

Organizou congressos internacionais sobre María Zambrano (com Maria João Cabrita e Isabel Lousada), Walter Benjamin (com Bragança de Miranda, Fernando Cascais), Paul Celan (com Cristina Beckert, Carlos João, Ricardo Gil Soeiro), Levinas (com Maria Lucília Marcos e Paulo Barcelos). Foi professora-visitante em Brasília (UNB), Rio de Janeiro (UFRJ) e Goiânia (UFG).

Colabora regularmente com a Revista Colóquio-Letras e com diversas publicações, em Antologias de Poesia. Participa regularmente em mesas-redondas e conferências.

Foi galardoada com o Prémio Glória de Sant’Anna 2017 pela sua obra Do Ínfimo (Coisas de Ler, 2016).

 

 

Fotografia: Vasco Ribeiro, 2017.

Livros relacionados
 
 
 
 
 
 

Doutora em Ciências de Comunicação, pela Universidade Nova de Lisboa. É professora associada da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde lecciona matérias ligadas à comunicação, jornalismo e estudos de género. Os seus interesses de investigação centram-se no tema das relações entre as identidades e a comunicação como medium das interacções sociais, numa perspectiva política e sociológica. É neste sentido que tem investigado particularmente os temas dos direitos comunicativos das mulheres e liderado vários projectos neste domínio. É consultora e referee de várias revistas nacionais e internacionais sobre comunicação. De um vasto conjunto de publicações, destacam-se Identidades, Media e Política (Livros Horizonte, 2004) e Os Media e as Mulheres (organizadora, Livros Horizonte, 2004), além de artigos nas revistas Ex-Aequo, Comunicação e Sociedade, Feminist Media Studies, South European Society & Politics e Revista Crítica de Ciências Sociais, entre outras.

Livros relacionados
 

Maria José Cavaco (Ponta Delgada, 1967-2021) foi uma das mais importantes artistas visuais açorianas. Licenciatura em Artes Plásticas-Pintura pela Faculdade de Belas-Artes de Lisboa (1990) e com Doutoramento, com tese teórico-artística, em Arquitetura pelo ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa (2017). Foi bolseira de Criação Artística, do Governo Regional dos Açores, no domínio das Artes Plásticas (2012) e Prémio Regional de Pintura António Dacosta (2016). Foi ainda Investigadora do DINÂMIA’CET-IUL desde 2018.

O seu trabalho cruza a pintura com diversos meios de expressão, incidindo em estratégias e dispositivos de operacionalização no espaço, de um conjunto de conceitos associados à dimensão crítica da autorreflexividade na ficção artística. Desde 1991 realizou 20 exposições individuais, das quais as mais recentes foram, em 2018, Pinturas Recentes, na Galeria Fonseca Macedo, Ponta Delgada, em 2019, Desenhos de Lisboa e Uma Fuga, no Convento de São Francisco, Lagoa, e em 2021, Lugares de Fratura, exposição Antológica no Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, Ribeira Grande, Açores, e participou em diversas exposições coletivas, sobretudo em Portugal e Espanha.

Está representada em coleções públicas e privadas, destacando-se as coleções: Figueiredo Ribeiro, Abrantes; Fundação PLMJ, Lisboa; Fundação Carmona e Costa, Lisboa; Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, Ribeira Grande, Açores; Fundação Portuguesa das Comunicações, Lisboa; Museu Carlos Machado, Ponta Delgada, Açores; Centro Cultural da Caloura, Açores; Câmara Municipal de Lisboa; Câmara Municipal de Ponta Delgada; Câmara Municipal de Lagoa; Presidência do Governo Regional dos Açores; e Universidade dos Açores. É consultora para as Artes Visuais da Câmara Municipal de Ponta Delgada e integra o Conselho Regional de Cultura, Açores, desde 2018.

 

Maria José Cavaco (Ponta Delgada, 1967-2021). She had a degree in visual arts and painting from Lisbon Faculty of Fine Arts (1990) and a PhD in architecture, with a theoretical-artistic thesis, from ISCTE – Lisbon University Institute (2017). She has been a researcher at DINÂMIA’CET-IUL since 2018.

She received a grant for artistic creation in the field of visual arts from the Regional Government of the Azores (2012) and the António Dacosta Regional Painting Prize (2016). Since 1991 she has had 19 solo exhibitions, the most recent being in the Convent of São Francisco, in Lagoa, Azores, in 2019, and at the Fonseca Macedo Gallery, Ponta Delgada, Azores, and at the Portuguese Communications Foundation, Lisbon, in 2018.

She has participated in various group exhibitions, especially in Portugal and Spain. She is represented in public and private collections, including those of: Figueiredo Ribeiro, Abrantes; the PLMJ Foundation, Lisbon; the Carmona e Costa Foundation, Lisbon; the Portuguese Communications Foundation, Lisbon; Lisbon Municipal Council; Lagoa Municipal Council, Azores; the Presidency of the Regional Government of the Azores; Arquipélago – Contemporary Arts Centre, Ribeira Grande, Azores; the Carlos Machado Museum, Ponta Delgada, Azores; the Caloura Cultural Centre, Azores; the University of the Azores; Ponta Delgada Municipal Council, Azores. She has been a member of the Regional Council for Culture, Azores, since 2018 and is a visual arts consultant for Ponta Delgada Municipal Cultural Centre.

 

Fotografia: © Arquipélago – Centro de Artes Contenporâneas

Livros relacionados
 
 
Livros relacionados
 

Maria Leonor Lamas de Oliveira Xavier é professora Associada com Agregação e directora do Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde tem leccionado, entre outras, as disciplinas de Filosofia Medieval e de Filosofia e Teologia na Idade Média. É membro da Société Internationale pour l’Étude de la Philosophie Médiévale (SIEPM), do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa (CFUL), da Sociedade Científica da Universidade Católica Portuguesa (SCUCP) e da Comissão Científica do Doutoramento em Enfermagem da UL. Autora de: Filosofia com Coração (2017); Three Questions on God (2016); A Questão da Existência de Deus. Uma Disputa Medieval (2013); O Teísmo Medieval. Santo Anselmo e João Duns Escoto (2009); Questões de Filosofia na Idade Média (2007); Razão e Ser. Três Questões de Ontologia em Santo Anselmo (1999); bem como de dezenas de artigos publicados em obras colectivas e revistas de filosofia. Tradutora de: Teologia Mística. Textos de Pedro Hispano e Tomás Galo (2008). Coordenadora de: Philosophica 34. Anselmo sola ratione 900 anos depois (2009); A Questão de Deus na História da Filosofia I-II (2008) e A Questão de Deus. Ensaios Filosóficos (2010), obras publicadas no âmbito do Projecto de Filosofia FCT/CFUL [PTDC/FIL/64249/2006] «A Questão de Deus. História e Crítica».

(mxavier@campus.ul.pt)

Livros relacionados
 

É professora associada, com agregação, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Com vários estudos sobre Utopia, Teatro e Retórica, a sua investigação debruça-se essencialmente sobre a literatura dos séculos XVIII e XIX. É, desde 1990, sócia da Sociedade Francesa de Estudos do Século XVIII e membro fundador da Sociedade Portuguesa de Retórica. Membro ativo do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa e colaboradora do Instituto de Filosofia (UP), unidades financiadas pela FCT. Entre 2013 e 2018, vice-presidente da Associação Portuguesa de Literatura Comparada (APLC). Coeditora da revista online de Filosofia e Literatura Pontes de Vista. Autora dos seguintes títulos na área da Retórica: 2017: Fidelino de Figueiredo: Travessias. Estudos de Filosofia e Literatura [Coedição], Campinas, Pontes Editores, 2016; 2014: A moda, retórica silenciosa para «pássaros sem penas», Palavra, Escuta e Silêncio, Porto, UC Editora, 2014, pp. 283-306; 2009: Manual Anti-Tiranos. Retórica, Poder e Literatura, Porto Alegre, Livraria do Advogado; 2007: Manual de Retórica & Direito, Lisboa, Quid Juris, 2007, 350 pp. (responsável pela parte da Retórica Geral). Em coautoria.

Livros relacionados
 

Maria Manuela Brito Martins é doutorada em Philosophie et Lettres pela Université Catholique de Louvain-la- -Neuve, no Institut Supérieur de Philosophie (Bélgica). É actualmente Professora Associada na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, Porto, onde lecciona diferentes cursos, entre os quais destacamos História da Filosofia Antiga, História da Filosofia Medieval, História da Filosofia Contemporânea e Ontologia, para além ainda de diversos seminários. Tem-se dedicado à investigação e tem publicações, aos níveis nacional e internacional, sobre Santo Agostinho e sobre alguns autores medievais, em particular, na linha da tradição agostiniana. Tem-se dedicado, igualmente, ao pensamento filosófico contemporâneo na sua relação com a tradição filosófica grega e medieval. Por último, alguns dos seus estudos dedicam-se ao pensamento português, nomeadamente em torno da filosofia da história (mbmartins29@gmail.com).

Livros relacionados
 
 
 

É doutorada em Gestão pela Universidade de Évora, é professora associada com agregação no Departamento de Gestao da Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora, investigadora (membro integrado) no CEFAGE – Centro de Estudos de Formação Avançada em Gestão e Economia da Universidade de Évora, e professora visitante da Universidade de Varsóvia, Polónia. As suas áreas de interesse são os agro-negócios e sustentabilidade, marketing e comportamento do consumidor, cadeias agro-alimentares e desenvolvimento rural. Tem desenvolvido extensa investigação nas áreas de gestão, marketing e comportamento do consumidor e participado em diversos projectos, incluindo estudos transnacionais com a América Latina, Ásia, África e Europa. É revisora em vários periódicos indexados na Scopus e ISI, editou seis livros, sendo autora de vários capítulos de livros e artigos científicos em periódicos internacionais indexados e com factor de impacto [ORCID: 0000-0002-5731-767X] e outras publicações. Pertence à comissão coordenadora do programa de Doutoramento em Agronegócios e Sustentabilidade e directora de dois programas de mestrado, em Economia e Gestão Aplicadas e em Gestão da Qualidade e Marketing Agroalimentar e, até ao momento, supervisionou mais de cem alunos de doutoramento e de mestrado, nacionais e internacionais.

Livros relacionados
 
Livros relacionados
 
 

(Rio de Janeiro, 1992) é professora de literatura. Formada em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é Mestre e Doutora em Literatura Portuguesa pela mesma instituição, com períodos de investigação na Universidade do Porto e no espólio de Mário Cesariny (1923-2006), depositado na Fundação Cupertino de Miranda. Sua investigação é voltada principalmente para a obra de Cesariny, poeta que guia a caminhada rumo ao Surrealismo e a abordagens expandidas do conceito de poesia. É autora de diversos artigos e ensaios dedicados a esses temas e à poesia portuguesa. É pesquisadora pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas da UFRJ, onde desenvolve projeto sobre a experiência poética em tempos de pandemia na universidade pública brasileira.

Livros relacionados
 

É professora associada no Departamento de Ciências da Comunicação da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UniversidadeNova de Lisboa, onde lecciona nos campos de Teoria da Imagem, Estética dos Media e Arte e Cultura Contemporâneas. Integra o Grupo de Pesquisa em Cultura, Media e Arte do Instituto de Pesquisa em Comunicação da Universidade Novas de Lisboa (ICNOVA). Foi fundadora do Interact — Jornal de Arte, Cultura e Tecnologia, que dirigiu entre 2000 e 2006. A sua investigação mais recente centra-se em temáticas dos media digitais e culturas de participação («African-European Narratives» — Europe For Citizens, 2018-2019) e nas questões da mediação de herança cultural (Centro Interpretativo G. Ribeiro Telles, Fundação Gulbenkian, 2013; Museologia Design para o COA — Museu de Arte Paleolítica — World Heritage, 2008-2010). Entre os seus livros contam-se A Modernidade Estética. Uma Arqueologia do Sensível (2020); Media Theory and Cultural Technologies (Cambridge Scholars, 2017); Novos Media — Novas Práticas (Lisboa, 2011). As suas áreas de pesquisa incluem a Estética dos Media e a Teoria dos Media; Teoria da Imagem; Arte e Cultura Contemporâneas; Técnicas Culturais e a Participação e Cultura Colaborativa.

Livros relacionados
 

Escritora e jornalista, nasceu em Lisboa no dia 20 de Maio de 1937. Frequentou a Faculdade de Letras. Foi a primeira mulher a exercer funções dirigentes no cineclubismo em Portugal e é conhecida como uma das mais destacadas feministas portuguesas. Estreou-se na poesia em 1960, e a sua obra poética publicada até 2006 está coligida em Poesia Reunida (2009), distinguida com o Prémio Máxima Vida Literária. Na ficção surge com o romance Ambas as Mãos sobre o Corpo, em 1970. Seguem-se-lhe Novas Cartas Portuguesas (1972) – em co-autoria com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa –, obra que valeu às autoras um processo judicial «por ofensa à moral pública», e os romances Ema (1984; Prémio Ficção Revista Mulheres) e A Paixão segundo Constança H. (1994). Em 2011, publica o romance As Luzes de Leonor (Prémio D. Dinis 2011 e Prémio Máxima de Literatura 2012) e, no ano seguinte o livro Poemas para Leonor. Também em 2012, a sua poesia erótica é reunida na antologia As Palavras do Corpo. Em 2013 surpreendeu com A Dama e o Unicórnio, uma original interpretação das tapeçarias quatrocentistas La Dame à la Licorne que conjuga poesia e imagem, edição acompanhada de um CD com a cantata profana do compositor António de Sousa Dias sobre a poesia de Maria Teresa Horta dita pela actriz Ana Brandão.

 

Fotografia: Euric Vives-Rubio.

Livros relacionados
 

Nasceu no dia 26 de Junho de 1938, em Lisboa.

Licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, frequentou o curso de Grupo-Análise da Sociedade Portuguesa de Neurologia e de Psiquiatria. Foi presidente da Associação Portuguesa de Escritores (1973-1978) e dirigiu a revista literária Loreto 13 (1978-1988).

Foi leitora do Departamento de Português e Brasileiro do King's College, Universidade de Londres (1980-1987). Foi Adjunta do secretário de Estado da Cultura (1979) e Adida Cultural em Cabo Verde (1988-1990). Entre os prémios que recebeu destacam-se: Prémio Vergílio Ferreira, da Universidade de Évora (1997), pelo conjunto da sua obra; Prémio Camões (2002); Prémio Correntes de Escritas (2008) e Grande Prémio de Literatura dst (2010), ambos pelo romance Myra.

Em 1966 publica o seu primeiro livro de contos, O Lugar Comum, e em 1969 publica Maina Mendes, o primeiro romance, onde é desde logo manifesta a singularidade da sua escrita. Estabelecendo um diálogo com a tradição literária portuguesa por meio de alusões ou recorrendo a um jogo estilístico referencial, podemos simultaneamente identificar na obra um corajoso experimentalismo que lhe permitiu libertar a linguagem e ampliar as possibilidades formais e temáticas até então exploradas no romance português, em muito contribuindo para a renovação deste género literário. Sobre Maina Mendes, Eduardo Lourenço releva o «[…] mundo de frustração […], mundo de sufocação […], a genérica condição da mulher portuguesa […]», mostrando que a obra constitui «só por si um acontecimento na história real e textual da moderna consciência feminina, assinalando nela a passagem da mulher como «objecto» à sua conversão em «sujeito». Sujeito da história, da sua própria história e das «histórias» que consagram essa conquista do seu reino […] Nenhum dos nossos livros contemporâneos redistribui com tanto sucesso as experiências mais criadoras da prosa portuguesa, de Fernão Lopes a Guimarães Rosa, paisagens atravessadas e recriadas, a par de outras, com uma originalidade absoluta. Não é a sua visão, nem desorbitada como a de Herberto Helder, nem irrepressível e aleatória como a de Bessa-Luís. Exprime-se com contenção e reserva, em parágrafos tensos para melhor explodir a ira informe mas controlável que a habita como herança sua e da longa linhagem que do castro ibérico até ao interior morto da sala burguesa se metamorfoseou em história e natureza. […]».

Entre os temas ou símbolos transversais à obra de Maria Velho da Costa, e que apresenta, frequentemente, através de meticulosos jogos de linguagem, encontramos uma ligação profunda ao fértil mundo da infância, um incisivo retrato político-social, do conflito de valores fruto do confronto de classes, bem como a incontornável e agudíssima consciência da condição da mulher que soube, de forma extraordinária caracterizar e fixar, na pluralidade das suas manifestações, restaurando uma dignidade que não raro lhe era negada. A escritora ficará para sempre associada à polémica gerada pela publicação do livro Novas Cartas Portuguesas, que escreve com Maria Teresa Horta e Maria Isabel Barreno, obra proibida pelo Estado Novo e que levou as autoras a tribunal no que ficou conhecido como o «processo das três Marias.»

Colabora, desde 1975, com vários cineastas, nomeadamente João César Monteiro, Margarida Gil e Alberto Seixas Santos.

Em 1976 publica Cravo. A publicação de Casas Pardas, em 1977, reforça a consagração da escritora. É atribuído ao livro o Prémio Cidade de Lisboa. No mesmo ano e par do seu trabalho de investigação efectuado no Hospital Miguel Bombarda, publica Português; Trabalhador; Doente Mental. Seguem-se os livros: Da Rosa Fixa (1978), Corpo Verde (1979), Lucialima (1983) e O Mapa Cor-de-rosa (1984).

Em 1988 publica Missa in Albis. Numa entrevista de 2013, Maria Velho da Costa disse sobre este livro: «[…] o José Cardoso Pires, que eu respeito muito, e que leu mais do que o manuscrito do Missa in Albis, escrito quando vim de Londres, e o livro com o qual ainda hoje me identifico mais me diz que é muito bom, isso é importante.»

Seguidamente publica Das Áfricas — com José Afonso Furtado (1991), Dores — contos, com Teresa Dias Coelho (1994), Irene ou o Contrato Social (2000), O Livro do Meio, com Armando Silva Carvalho (2006).

Em 2008 publica Myra, com pinturas de Ilda David’. Sobre Myra, disse João Barrento em 2016: «Penso que o romance mais importante que foi escrito depois de 2000 foi Myra de Maria Velho da Costa, que continua a ser a nossa maior escritora viva. Não me parece que nada do que foi feito entretanto se possa comparar.»

Em 2012 publica O Amante do Crato, também com pinturas de Ilda David’. Nas palavras de Urbano Tavares Rodrigues, este «É um muito belo conjunto de contos, cada qual mais original do que os outros e onde a todo o passo se encontra a escrita desafiante, criadora, irónica e lírica de Maria Velho da Costa, o seu gosto pelo vocábulo raro, pela construção insólita, pela intenção verbal. O pequeno texto que dá o título ao volume é uma evocação do mágico e do diabólico da primeira infância, em que uma menina arisca é salva da mordedura de uma víbora por outra criança, o primo (o amante do Crato) que se interpõe, vindo a morrer assim por ela. […]».

Morreu no dia 23 de Maio de 2020, em Lisboa.

Livros relacionados
 
Livros relacionados
 

Mariana Gomes (Faro, 1983) vive e trabalha em Lisboa. Licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, foi distinguida, em 2011, com uma Menção Honrosa no Prémio Fidelidade Mundial – Jovens Pintores. Das exposições que realizou destacam-se a colectiva Quote / Unquote. Between Appropriation and Dialogue, curadoria de Gabriela Vaz Pinheiro, Galeria Municipal do Porto, Porto, MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, Lisboa (2017); e as individuais Romanian Dances, Galeria Baginski, Lisboa (2017); Bollocks, curadoria de Bruno Marchand, Appleton Square, Lisboa (2016); 10.º Prémio Amadeu de Souza-Cardoso, Museu Municipal Amadeu de Souza-Cardoso, Amarante (2015); Breviário, Galeria Fernando Santos, Porto (2014); Stop Making sense!, com curadoria de João Pinharanda, Fundação EDP, Lisboa (2013); X Tentativas, Galeria Módulo – Centro Difusor de Arte, Lisboa (2009). O seu trabalho encontra-se representado em várias colecções privadas e em colecções públicas como a Colecção de Arte Contemporânea da Fundação EDP e a Colecção Moderna do Museu Calouste Gulbenkian. Lisboa.

 

Fotografia: Filipa Pestana (pormenor).

 

Livros relacionados
 
 

Historiadora da arte e curadora independente, doutorada em História e Teoria pela Facultat de Belles Arts — Universitat de Barcelona. É investigadora integrada do Instituto de História da Arte da NOVA FCSH, onde coordena o Grupo de Investigação «Teoria da Arte, Historiografia e Crítica». É autora do livro Vanguarda & Outras Loas — Percurso Teórico de Ernesto de Sousa (2007, 2.ª ed. no prelo) e de diversos estudos e ensaios publicados em catálogos, livros e revistas internacionais, sobre história da arte contemporânea, modernidade e modernismo, teoria e historiografia da arte. É co-editora da Obra Literária de Almada Negreiros (Assírio & Alvim). É co-responsável pelo projecto de investigação «Modernismos ibéricos e o imaginário Primitivista» (2018-22) (PTDC/ ART-HIS/29837/2017). É editora, com Rui Miguel Ribeiro, nas Edições do Saguão desde 2017.

Livros relacionados
 
 
 
 
Livros relacionados
 
 
 
 
 

Nasceu em Lisboa no dia 9 de Agosto de 1923. Estudou belas-artes e música. Foi membro do Grupo Surrealista Português fundado em 1947. Após o seu afastamento do grupo, formou com António Maria Lisboa o que se tornou conhecido pelo Segundo Grupo Surrealista Português. Um poeta excepcional, cuja poesia mostra afinidades com a de Álvaro de Campos, Mário de Sá-Carneiro, António Maria Lisboa e a dos surrealistas franceses Breton e Artaud. A poesia de Mário Cesariny e, através dele, o surrealismo como atitude vital, influenciou toda uma geração de novos poetas tal como tinha acontecido com o Modernismo do Orpheu. Morreu em Lisboa no dia 26 de Novembro de 2006.

 

Ouvimos esta voz com o poema que nos traz e não sabemos se é a voz que diz o poema ou se é o poema que diz a voz. Esta coincidência do dizer e do dito, do som e do sentido, do corpo e do espírito, da poesia e da vida, do dia e da noite foi sempre o sinal de Mário Cesariny.

Já Breton escrevera: «Tudo leva a crer que existe um certo ponto do espírito donde a vida e a morte, o real e o imaginário, o passado e o futuro, o comunicável e o incomunicável, o que está em cima e o que está em baixo deixam de ser apercebidos contraditoriamente». Cesariny afirmava: «O único fim que eu persigo / é a fusão rebelde dos contrários».

É por isso que estamos aqui: não apenas para cumprir um acto de homenagem civil e cultural, mas acreditando que Cesariny reconhecia neste lugar onde a sua luz encontra a sua sombra, um sentido sagrado, dando a esta palavra a fundura mais funda e a liberdade mais livre. A morte é o que resta do sagrado e mesmo isso está a desaparecer, afirmava ele. E, às vezes, falava do osso sacro como de um segredo que é preciso guardar.

Cesariny era distante de tudo o que é oficial, convencional e vazio, mas aceitava os ritos que protegem os mitos. Foi assim que aceitou a Ordem da Liberdade, que lhe foi entregue em sua casa, numa tarde em que tudo se calava para o ouvir. Ele recebeu a Grã-Cruz, beijou-a e gritou: «A Santa Liberdade!». A liberdade era a sua medida desmedida, o rosto do seu rosto.

Nessa tarde, recordei uma outra tarde passada com Jorge Luis Borges, que acabava de receber a Ordem de Sant’Iago da Espada, que a sua cegueira o impedia de ver. Ele pediu-nos para lhe descrevermos as cores e as figuras do colar. A seguir, num gesto que foi repetindo, levou a mão ao frio do metal, exclamando: «Sant’Iago! Sant’Iago!» Falámos então daquela passagem de São Paulo que diz «Agora, vemos como num espelho, mas um dia veremos face a face». Borges falava e a nossa visão era o rascunho da sua cegueira. 

Sabemos que esta homenagem nunca conseguirá oficializar, normalizar, naturalizar, neutralizar Cesariny. Ao contrário, e por contraste, torna ainda mais nítido e invencível o seu escárnio selvagem, a fúria firme e feroz, o desassombro ímpio.

A sua vida foi vivida em nome da Liberdade, da Poesia e do Amor, de que os surrealistas fizeram a nova trilogia, juntando ao «transformar o mundo» o «mudar a vida». Em cada dia e em cada passo dele havia uma grande razão, aquela que num poema reclamava: «Falta por aqui uma grande razão / uma razão que não seja só uma palavra / ou um coração/ ou um meneio de cabeças após o regozijo / ou um risco na mão…» Cesariny procurava o ouro do tempo.

Agora, lembro. O Mário fala de Pascoaes, o velho da montanha, e conta o momento sagrado em que o conheceu. Fala de Lautréamont e de Rimbaud com palavras lentas e acesas. Fala de Artaud e a sua cara coincide com a dele. Já na rua, passa a velha que apanha o que encontra e ele faz-lhe perguntas que guiam respostas assombradas. O Mário ri e diz: «É a Vieira da Silva!» Agora, estamos nos Açores e ele toca piano, enquanto, da janela, vemos o mar erguer-se como no Moby-Dick, esse livro mágico e trágico, que lia e voltava a ler.

Estar com Cesariny era partir numa nave espacial e olhar cá para baixo com os olhos muito abertos. Havia nas suas mãos um fogo que, quando queimava, mostrava a tragédia, e, quando iluminava, fazia aparecer a comédia. Esse sentimento trágico e cómico da vida é o dos visionários do visível. Ele confessou um dia: «Para mim, só o momento da criação é linguagem, tudo o mais é baço, não diz, pertence ao sono das espécies, mesmo quando dormem inteligentemente.» Mas em todos os momentos dele havia criação. Nunca o ouvi dizer lugares-comuns, ideias mortas, frases feitas.

Na sua poesia, as palavras têm a exactidão cortante da ponta do diamante sobre o vidro, a velocidade densa dos grandes êxodos, o brilho obscuro dos olhos no amor. Na sua pintura, as cores levam o braço até à proximidade do mar e as formas são as do vento a abrir o portão do castelo.

Cesariny gostava de anarquistas, videntes, xamãs, usurpadores, hereges, piratas, incendiários e revoltosos. E de reis destronados, deuses abolidos, bruxas acossadas, fidalgos arruinados, heróis vencidos, náufragos salvos no último momento. Detestava tiranos, tiranetes, moralistas, hierarcas, burocratas, preopinantes, instalados, acomodados, calculistas, carreiristas, conformistas, cínicos, convencidos, contentinhos, coitadinhos.

Desses, ria com um riso que era sal insolúvel e tinha a grandeza escura da tempestade no Verão. O país dos risinhos, das piadinhas, das gracinhas, e das graçolas, não aguentava um riso tão livre: enorme e desassombrado. Não suportava esse riso cheio de amargura e desdém, de raiva e protesto. Nesse riso, passavam o riso antigo de Rabelais e o riso moderno de Artaud, o riso dos funâmbulos e das feiticeiras.

Num país em que o medo gerava cobardia e obediência, do medo dele nasciam coragem, insubmissão, subversão. No fim, estava ainda mais desencontrado com aquilo com que sempre se desencontrou: a vida pequenina, a vidinha de que falava o seu amigo Alexandre O’ Neill. E agora («O tecto está baixo», avisava-nos ele) só se fala da vidinha - e só a vidinha fala.

Afinal, é preciso repetir a pergunta de Hölderlin: «Para quê os poetas em tempos de indigência?» Afinal, é preciso repetir a resposta de Hölderlin: «O que permanece os poetas o fundam». E a resposta de Cesariny: «A palavra poética é a palavra verdadeira. É a única que diz.» Então, os poetas, se os houver, são para dizer o que ninguém diz, mesmo que ninguém oiça. Mas nesse dizer que ninguém ouve salva-se a honra de um tempo em que tudo se perde.

De Mário Cesariny, não basta afirmar que a sua poesia é das maiores do nosso século XX. Nem que a sua pintura é das mais originais desse tempo. É preciso reafirmar que, nele, pessoa, vida, morte, obra, atitude, ímpeto tinham a força que nos atira para um abismo de claridade.

Nestes 10 anos da sua morte, ouvir a voz de Cesariny é olhar o céu naquele momento em que o sol ainda não partiu e a lua já chegou.

 

José Manuel dos Santos

Lisboa, 8 de Dezembro de 2016

 

 

foto © Susana Paiva

Livros relacionados
 
Livros relacionados
 

Nasceu na Nazaré, em 1969.

Jornalista desde 1987, foi sub-chefe de redacção da Antena 1 e da Antena 2, coordenador da Grande Reportagem da Antena 1. Actualmente é redactor-jornalista na Antena1.

Prémios: Prémio especial comunicação «Prémios Turismo Alentejo/Ribatejo» 2015, Prémio Gazeta de Rádio 2014, Prémio Jornal do Fundão – António Paulouro, 2014, Menção Honrosa Prémio Jornal do Fundão – António Paulouro 2014, Prémio Escritaria Rádio & Multimédia, Penafiel, 2013, Guilhim de Cristal 2004, Menção honrosa Prémio AMI 2000, Guilhim de Cristal 1997.

Outras actividades: Formador de Jornalismo de Rádio e Comunicação com os Media (desde 2000); editor nas publicações de poesia «non nova sed nove» e «volta d' mar»;  autor de Era uma Classe — Biografia de Silvino Marques Pais da Silva, Biblioteca da Nazaré, 2019, Uma Estória de Jazz em Valado dos Frades, BIR, 2004 (2.ª ed. Ediresistência, 2013) e No Tempo dos Pinhocos, Confraria N.ª Sr.ª da Nazaré, 2004.

Livros relacionados
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Livros relacionados
 
Livros relacionados
 
 

Nasceu em Lisboa, em 1963.

Artista Plástica. Autora da Metodologia Um, Dois e Muitos. 

A sua pesquisa plástica é pessoal e multidisciplinar, dialogando com outras disciplinas artísticas e científicas. Em 2012 cria a metodologia Um, Dois e Muitos, que se baseia no estudo do movimento constante entre o Um (a Singularidade), o Dois (a Cumplicidade), e o Muitos (a Comunidade), consciente da presença deste movimento em todas as coisas vivas.

É doutoranda em Arte Contemporânea no Colégio das Artes, Universidade de Coimbra onde desenvolve a tese Um, Dois e Muitos.

Expõe individualmente desde 1989. Das suas exposições e performances mais recentes destacam-se Preto Veludo, Cooperativa Árvore (2018) curadoria Albuquerque Mendes; Um, Dois e Muitos, Museu de História Natural, Lisboa (2018) curadoria Paulo Pires do Vale; Escola Nómada, Appleton Square (2018); Extática Esfinge: Desenho e Animismo II, Centro Internacional das Artes José de Guimarães, curadoria Nuno Faria (col.) 2017; Um, Dois e Muitos: Uma ilha em exposição, curadoria Sarina Basta, Museu Carlos Machado, Ponta Delgada, São Miguel, Açores (2016); Transmission, Recréation et Repétition, Palais des Beaux-arts, Paris, curadoria Sarina Basta (col.) (2015); Focus: Drawings for use, Festival ofEphemeral Art, Sokolovsko, Polónia (2013); Cabana de Leitura, Biblioteca do Um, Dois e Muitos, Trienal de Arquitectura, Lisboa; A Grande Saúde, Fundação EDP, curadoria João Pinharanda, Lisboa (2012), Objectos de Errância, Museu do Chiado (2011); Mise à nu par l’action, Centre Culturel Calouste Gulbenkian, Paris (2009).

Livros relacionados
 
 
 
Livros relacionados
 
Livros relacionados
 

Mathilde Verlaine (17 anos de idade em 1870): Muitas seriam as dificuldades num casamento com Verlaine, apesar das elegias de La Bonne Chanson. Mathilde vive porém os seus tumultos como heroína de um romance negro, não poupa nenhuma sombra ao retrato de Rimbaud que sairá mais tarde de entre as páginas de Mémoires de Ma Vie (1935). Em 1874 está separada, em 1885 divorciada. Mas apesar de já ser Mme Delporte, não se esquece de que foi um dia Mme Verlaine: sempre que pode escreve, fala, recorda, retoca até mais não poder a imagem do anjo atraído à cova dos leões. Quando só fala de si, os olhares distraem- -se: do seu livro extenso hoje são lidos com atenção dois ou três capítulos — a breve passagem pelos braços de Verlaine, a humilhação perante a ditadura de um obstinado «rival». [Aníbal Fernandes]

Livros relacionados
 
Livros relacionados
 
Livros relacionados
 
 

Destinado na literatura a domador de perigos, Maurice Renard desde cedo se imaginou […] como um escriba de milagres.

Tinha nascido no último dia de Fevereiro de 1875; e, segundo consta no seu registo baptismal, em Châlons-sur-Marne; mas perto de Reims, em Hermonville, é que ele viveu a sua infância apertada pela severidade das tradições e dos preconceitos, incitada a seguir um tom de família visto como superior exemplo de prestígio social; a amar aquele luxo de magníficos cavalos; a saber-se servido pela comodidade de um grande número de bem treinados empregados domésticos.

Desviado para Paris como aluno da privilegiada instrução da escola Monge, mostrou-se primeiro classificado em composição francesa e… quem tal diria… em ginástica. E é nesta distância, neste descanso das regras familiares de Hermonville, que ele se arrasta para lá de Sindbad e chega ao Edgar Poe tão bem recriado por Baudelaire; que está numa intimidade de leitura com as imaginações de Hoffmann e com o lobisomem de Erckmann-Chatrian. Renard cumpre «o dever» de um bacharelato em letras e em filosofia; e, depois dele, um outro em estudos de Direito que não conclui porque muito pouco lhe dizem os advogados e os tribunais; chega também a pressentir-se militar, mas a rigidez hierárquica dos exércitos refaz-lhe antigas e pouco apetecíveis sensações de Hermonville que não se conciliam com o seu desejo de liberdade.

[…] voou na vida até ao 18 de Novembro de 1939; o dia em que foi vítima das consequências de uma operação cirúrgica menos eficaz do que a outra, a do pianista que ele celebrizou em As Mãos de Orlac. Ficou no cemitério da ilha de Oléron — um ventoso sul de França que em dias passados oferecia ostras aos seus prazeres da mesa, e ao seu sono noites batidas pelo som do mar; o mar que ali parece exprimir-se com uma insondável revolta — e não dá descanso às suas costas selvagens.

[Aníbal Fernandes]

Livros relacionados
 
 
Livros relacionados
 
Livros relacionados
 
 

Nasceu em 1960, em Rodes, na Grécia.

Desde 1985, tem trabalhado como cartoonista editorial em jornais e revistas gregos. Trabalha atualmente no jornal Efimerida ton Syntakton. Colabora também com o Courrier International e a Caglecartoons.

Tem participado em muitas exposições individuais e coletivas na Grécia e no estrangeiro. Ganhou o Grand Prix do World Press Cartoon (2013) e tem sido premiado em vários concursos de cartoons nas Nações Unidas, Espanha, Bélgica, Itália, Turquia, Irão, Grécia, etc.

Faz ilustração de livros infanto-juvenis e foi premiado com o Illustration Prize of IBBY Grécia 2002, e com o 1.º Prémio Design and Illustration 2005.

É membro da Athens Journalists Union, membro fundador da Greek Cartoonists Association e membro da associação internacional Cartooning for Peace.

Desde 2011, tem trabalhado em projetos inovadores para a utilização de cartoons no sector da Educação. 

Livros relacionados
 
 

Nasceu em Lisboa em 1964. Vive e trabalha em Nova Iorque e Lisboa.

Licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (1992), entre 1994 e 1996 fez o Master of Fine Arts, na School of Visual Arts de Nova Iorque. É doutorado pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (2014), onde ingressou como assistente em 2002.

Expõe com regularidade desde 1991, incluindo as exposições realizadas no Visual Arts Museum (curadoria de Klaus Kertess); na Frieda and Roy Furman Gallery, Walter Reade Theater, Lincoln Center e na Storefront for Art and Architecture, em Nova Iorque. Também expôs no MUDAM, Luxemburgo; no Museu do Chiado; no CAM - Gulbenkian (curadoria de Nuno Crespo) e na Fundação Carmona e Costa, em Lisboa; na Laure Genillard Gallery, Londres; na Fundação RAM, em Roterdão e na Fundação de Serralves, Porto.

Em 2018, com a curadoria de Maria do Mar Fazenda, realizou a exposição «Spielraum» (momento 1 e momento 2) na galeria Águas Livres, em Lisboa, incluindo uma publicação com o mesmo título. A sua obra está representada em várias colecções públicas, bem como instalações permanentes na Ross School of Business, University of Ann Arbor, Michigan, EUA e na Faculdade de Direito, Universidade de Lisboa.

Livros relacionados
 

Castelo Branco, 1963. Estudou Pintura na FBAUL; é professor do Ar.co desde 1989, responsável pelo Departamento de Desenho e Pintura desde 1994. Vive e trabalha em Lisboa.

Expõe individualmente desde 1989. Participou em três importantes exposições internacionais de arte portuguesa: "Portugal Agora, Portuguese Contemporary Art", Musée d’Art Moderne Grand-Duc Jean, Luxemburgo, 2007; "Situation Zero, Recent Portuguese Visual Arts", Yerba Buena Center for the Arts, São Francisco, EUA, 2001; "Tríptico, Europália 91 – Portugal", Museum Van Hedendaagse Kunst, Gent, Bélgica, 1991.

Está representado nas seguintes colecções públicas: Ar.Co; Caixa Geral de Depósitos; CAM- Fundação Calouste Gulbenkian; Fundação Carmona e Costa; Fundação EDP; Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento; Musée d’Art Moderne Grand-Duc Jean, Luxemburgo; Museu de Arte Contemporânea, Funchal; Museu de Arte Moderna, Fundação de Serralves.

Livros relacionados
 
 
 
 
 
 

É membro do CLEPUL – Centro de Literaturas e Culturas Europeias e Lusófonas da Universidade de Lisboa, publicou, nos últimos anos os ensaios Introdução à Cultura Portuguesa (2011), O Pensamento Português Contemporâneo. 1890-2010 (2011), Nova Teoria do Mal (2012), Romance Português Contemporâneo. 1950-2010 (2012), Nova Teoria da Felicidade (2013), Comentário a «Mensagem» de Fernando Pessoa (2013), Nova Teoria do Sebastianismo (2014), O Futuro da Religião (2014), Manifesto em Defesa de uma Morte Livre (2015), Portugal – Um País Parado no Meio do Caminho. 2000-2015 (2015), O Teatro na Cultura Portuguesa do Século XX (2016), Nova Teoria do Pecado (2017), Traços Fundamentais da Cultura Portuguesa (2017) e Fátima e a Cultura Portuguesa (2018). Recebeu o Prémio Revelação de Ficção da Associação Portuguesa de Escritores (APE); Prémio Revelação de Ensaio da APE; Prémio Fernando Namora de Literatura; Prémio Ficção Ler/Círculo de Leitores; Prémio Ficção da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), Prémio Jacinto do Prado Coelho da Associação Portuguesa de Críticos Literários e, em conjunto com Filomena Oliveira, o Grande Prémio de Teatro do Teatro Aberto/SPA.

Livros relacionados
 
 

É doutorado em Economia pela Universidade de Évora e mestre e licenciado em Economia pela NOVASBE, Portugal. É professor auxiliar no Departamento de Economia na Universidade de Évora, membro integrado do CICP – Centro de Investigação em Ciência Política, e membro do CEFAGE – Centro de Estudos de Formação Avançada em Gestão e Economia, da Universidade de Évora. Foi igualmente director de departamento durante cinco anos.

As suas áreas de especialização são a macroeconomia, a economia política, o crescimento e desenvolvimento económico, a reforma da terra, as organizações internacionais, ambos com um foco teórico e aplicado à Europa e América Latina.

Os seus últimos livros co-editados são Globalization and Agriculture: Redefining Unequal Development, pela Rowman & Littlefield, USA, e Challenges and Opportunities for Eurozone Governance, também com uma tradução portuguesa, pela Sílabo. Co-editou, em 2021, Economic Globalization and Governance, pela Springer.

Sobre as alterações climáticas publicou vários capítulos de livro, sendo o mais recente: Caleiro A.B., de Sousa M.R., de Oliveira I.A. (2019) «Global Development and Climate Change: A Game Theory Approach». In: Sequeira T., Reis L. (eds.) Climate Change and Global Development. Springer, Cham, 15-31. http://dx.doi.org/10.1007/978-3-030-02662-2_2

Foi membro da Avaliação do Impacte do «Cédula da Terra» com o Banco Mundial e o Ministério da Agricultura do Brasil. Foi seleccionado para o painel de audição do primeiro-ministro de Portugal sobre a retoma da actividade económica no pós-Covid-19, em 14 de Abril de 2020 e, sobre o PRR — Plano de Recuperação e Resiliência, em 12 de Outubro de 2020.

É um leitor voraz, gosta de se exercitar, nomeadamente, de correr e fazer ciclismo ocasional.

Livros relacionados
 

N. Braga, 1970. Vive e trabalha em Lisboa. http://www.migso.net/

Licenciado em Design de Equipamento, Faculdade de Belas-Artes, Lisboa (1989-1995), após formação em fotografia no Ar.Co, Centro de Arte e Comunicação Visual, Lisboa (1989-1990) e formação em desenho, com Manuel San Payo, Galeria Monumental, Lisboa (1989-1990), é doutorando em Arte Contemporânea pelo Colégio das Artes da Universidade de Coimbra (2010-presente). Profissionalmente, além da docência, actividade que exerce desde 2006, na Universidade do Algarve, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, Universidade de Évora e Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, tem mantido uma regular carreira artística, expondo colectivamente desde 1898 e, individualmente, desde 1991, em Portugal e no estrangeiro.

Foi vencedor do prémio BES Photo 2007.

A sua obra está representada em várias colecções públicas e privadas em Portugal e no estrangeiro.

 

 

B. Braga, 1970. Lives and works in Lisbon. http://www.migso.net/

Miguel Soares graduated in Equipment Design from the Faculty of Fine Arts, Lisbon (1989-1995) after training in photography at Ar.Co, Arts and Visual Communication Centre, Lisbon (1989-1990) and training in drawing, with Manuel San Payo, at the Galeria Monumental, Lisbon (1989-1990). He is completing a doctorate in Contemporary Art at the College of Arts of the University of Coimbra (2010-present). Professionally, he has also taught, since 2006, at the University of Algarve, the Faculty of Sciences and Technology of the University of Coimbra, the University of Évora and the Faculty of Fine Arts of the University of Lisbon, he has maintained a regular artistic career, exhibiting collectively since 1989 and solo since 1991, in Portugal and abroad.

He was the winner of the BES Photo prize in 2007.

His work is represented in various public and private collections in Portugal and abroad.

Livros relacionados
 
 
 
 
 
 
 

Nasceu em Santarém, em 1979 e viveu em Almeirim e em Lisboa. Mora numa aldeia do concelho da Sertã.

Estudou desenho no AR.CO e fez um curso de Técnico de Biblioteca e Documentação.

Em 2008 estreia-se com o livro Contra a Manhã Burra (edição de autor) e faz sair, também nesse ano, Quando Escreve Descalça-se (edição Trama Livraria). Santo Subito, de 2010 (edição de autor), pertence, como os anteriores, à colecção “Os Carimbos de Gent”, à qual acrescenta outros dois títulos em 2012: Ensinar o Caminho ao Diabo e Um Lugar a Menos (edições de autor). No mesmo ano publica ainda Aqui Podia Viver Gente, com ilustrações de Bárbara Assis Pacheco (Primeiro Passo). Tojo: Poemas Escolhidos (Relógio D’Água) e Supremo 16/70 saem em 2013 (Artefacto). Em 2015 vem a lume Persianas (Tinta-da-china).

Livros relacionados
 
Livros relacionados
 
Livros relacionados
 
 

Mme Verlaine (58 anos de idade em 1870): Adiantada no casamento, consegue ter um filho. Paul habituou-se a ver três fetos que o vigiavam em grandes frascos de éter, guardados pela morbidez materna numa prateleira como testemunho de um drama em três fracassos que o precedeu. (O poeta virá a parti-los muito mais tarde, num ataque de fúria.) Viúva abastada com 400 000 francos de renda, nem por isso desistiu de coleccionar: restos de comida, roupas no fio, dinheiro que ia fugindo aos sobressaltos, com as exigências de um filho boémio. No fim da vida estava quase arruinada. Costumava dizer-me durante as nossas cenas, escreve Verlaine nas Confissões: «Vais ver, tantas me fazes que um dia vou-me daqui sem nunca mais saberes onde estou. E foi de Arras descida pela janela de uma casa de portas estreitas, morta. Desapareceu! E o resto do meu sonho perde-se na angústia crescente de uma infinita e vã procura…» [Aníbal Fernandes]

Livros relacionados
 

Publicista brasileiro filho de imigrantes judeus russos, Moacyr Scliar (Porto Alegre, 1937-2011) foi médico de formação. A licenciatura em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul serviu de inspiração para o livro de estreia, Histórias de um médico em formação (1962). Contista, cronista e romancista, ficcionalizou, com frequência, a sua atividade médica e a cultura da comunidade judaica, em que foi criado, além de contar com incursões pela literatura fantástica. Publicou mais de setenta livros, entre eles O centauro no jardim (1980), que lhe valeu o Prémio da Associação Paulista de Crítica de Arte, ou O olho enigmático (1986), um livro de contos que conquistou o tão cobiçado Prémio Jabuti (1988), o qual voltaria a ganhar com os romances Sonhos tropicais (1993), A mulher que escreveu a Bíblia (2000) e Manual da paixão solitária (2009). É um dos autores brasileiros mais traduzidos. (Página oficial do autor: www.moacyrscliar.com)

Livros relacionados
 
Livros relacionados
 
Livros relacionados
 

Es Profesora Titular de Filosofía Política en la Universidad de Navarra. Es investigadora principal del proyecto «Religión y sociedad civil» del Instituto Cultura y Sociedad. Es directora de la revista Anuario Filosófico. Sus principales libros son: La política revolucionaria de John Locke, Madrid: Tecnos, 2015; Poder, gobierno, autoridad. La condición saludable de la vida política (Madrid: Centro de Estudios Políticos y Constitucionales, 2015); The Political Discourse of Carl Schmitt. A Mystic of Order (Lanham: Rowman & Littlefield, 2015); Ficciones políticas: el eco de Thomas Hobbes en el ocaso de la modernidad (Buenos Aires, Madrid: Katz, 2012); El nomos y lo político: la filosofía política de Carl Schmitt (Pamplona: Eunsa, 2007, 2.ª ed.); Carl Schmitt und Álvaro d’Ors Briefwechsel (Berlín: Duncker & Humblot, 2004) (mherrero@unav.es).

Livros relacionados
 

Musa paradisiaca é um projecto artístico de Eduardo Guerra (Lisboa, 1986) e Miguel Ferrão (Lisboa, 1986) centrado no diálogo. Tendo início em 2010, com a apresentação de um conjunto de ficheiros sonoros em www.musaparadisiaca.net, a prática de Musa paradisiaca tem vindo a pluralizar-se desde então. Em contexto discursivo, participativo ou expositivo, Musa paradisiaca pode ser definida pela produção de esculturas, filmes, desenhos e acções performativas, entre outras. Ao reunir diferentes entidades, praticantes, especialistas ou referências, sejam estes de cariz colectivo ou individual, Musa paradisiaca tem estabelecido uma afinidade de pensamento que partilha e revela várias vozes.

Entre as suas exposições individuais mais recentes destacam-se «The I of the Beeholder», Fundação Carmona e Costa, Lisboa (2020), «Cavazaque Piu Piu», Galeria Quadrado Azul, Porto (2019), «Curveball Memory», Galeria Municipal do Porto, Porto (2018), «Man with really soft hands», Galeria Múrias Centeno, Lisboa (2017) e Frieze, Londres (2017), «Masters of Velocity», Dan Gunn Gallery, Berlim (2016), «Alma-bluco», CRAC Alsace, Altkirch (2015), «Audição das máquinas», Kunsthalle Lissabon, Lisboa (2014) e «Audição das flores», Galeria 3+1 Arte Contemporânea, Lisboa (2014). O seu trabalho tem sido apresentado em diferentes contextos, entre os quais Whitechapel Gallery, Londres (2019); MAAT – Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia, Lisboa (2018); Haus der Kulturen der Welt, Berlim (2017); BoCA – Bienal das Artes Contemporâneas, Lisboa (2017); Vdrome, online (2017); ISELP, Bruxelas (2017); Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa (2017 e 2013); Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Guimarães (2016); Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto (2016 e 2015); Videoex Film Festival, Zurique (2015); Malmö Art Academy – Moderna Museet, Malmö (2015); Fondation d’Entreprise Ricard, Paris (2015); Palais de Tokyo, Paris (2013); Cinemateca Portuguesa, Lisboa (2013). 

 

 

Musa paradisiaca is an artistic project by Eduardo Guerra (Lisbon, 1986) and Miguel Ferrão (Lisbon, 1986). Founded in 2010, with the presentation of a set of podcasts at www.musaparadisiaca.net, Musa paradisiaca’s practice has been pluralized since. Within either discursive, participatory or in exhibition contexts, Musa paradisiaca can be seen to produce sculptures, films, drawings and performative actions, among others. While gathering different entities, practitioners, experts or references, be they collective or individual, Musa paradisiaca establishes an affinity of thinking that shares and reveals many voices.

Recent solo exhibitions include “The I of the Beeholder”, Fundação Carmona e Costa, Lisbon (2020), “Cavazaque Piu Piu”, Galeria Quadrado Azul, Porto (2019), “Curveball Memory”, Galeria Municipal do Porto, Porto (2018), “Man with really soft hands”, Galeria Murias Centeno, Lisbon (2017), and Frieze, London (2017), “Masters of Velocity”, Dan Gunn Gallery, Berlin (2016), “Alma-bluco”, CRAC Alsace, Altkirch (2015), “Machines’ audition”, Kunsthalle Lissabon, Lisbon (2014), “Flowers’ audition”, 3+1 Arte Contemporânea, Lisbon (2014). Their work has been presented in different contexts, including Whitechapel Gallery, London (2019); MAAT – Museum of Art, Architecture and Technology, Lisbon (2018); Haus der Kulturen der Welt, Berlin (2017); BoCA – Biennial of Contemporary Arts, Lisbon (2017); Vdrome, online (2017); ISELP, Brussels (2017); Calouste Gulbenkian Museum, Lisbon (2017 and 2013); José de Guimarães International Art Centre, Guimarães (2016); Serralves Museum of Contemporary Art, Porto (2016 and 2015); Videoex Film Festival, Zurique (2015); Malmö Art Academy – Moderna Museet, Malmö (2015); Fondation d’Entreprise Ricard, Paris (2015); Palais de Tokyo, Paris (2013); Cinemateca Portuguesa, Lisbon (2013).

Livros relacionados
 
RECEBA AS NOVIDADES!
SUBSCREVA A NEWSLETTER E ESTEJA SEMPRE A PAR DE NOVIDADES E PROMOÇÕES
REDES SOCIAIS
© 2014. Sistema Solar. Todos os Direitos são reservados - Política de Privacidade | Livro de Reclamações Digital
design bin?rio