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Valerio Magrelli nasceu em Roma em 1957. É poeta, escritor, tradutor e professor catedrático de Literatura Francesa na Universidade Roma Tre. Publicou as colectâneas de poesia Ora serrata retinae (1980), Nature e venature (1987) e Esercizi di tiptologia (1992) que, em 1996, confluíram no volume Poesie (1980-1992) e altre poesie. Além de outras obras poéticas, das quais a mais recente é Exfanzia (2022), e trabalhos de crítica literária, tais como Nero sonetto solubile. Dieci autori riscrivono una poesia di Baudelaire (2010) ou Vedersi vedersi. Modelli e circuiti visivi nell’opera di Paul Valéry (Einaudi 2002; L’Harmattan 2005), Magrelli dedicou-se também à prosa, tendo publicado obras como: Nel condomínio di carne (2003), Geologia di un padre (2013) ou La vicevita (2019), entre outros. Dirigiu, para a Einaudi, a série trilingue “Scrittori tradotti da scrittori” [Escritores traduzidos por escritores]. Colabora na secção cultural do jornal Repubblica. Recebeu, em 2002, o Prémio Feltrinelli de poesia italiana atribuído pela Accademia Nazionale dei Lincei.

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Lisboa, 1975. Concluiu a licenciatura em Escultura pela FBAUL, frequentou o Curso Avançado de Artes Plásticas da Maumaus em Lisboa. Integrou ainda programas de residências, como The University of Arts, Filadélfia (2007); Récollets, Paris (2005) e Core Program (2003/04), Houston. Em 2003 recebeu o Prémio EDP Novos Artistas, Portugal. Desde então tem participado em diversas exposições individuais e colectivas, tanto nacional como internacionalmente: Momento à parte, MAAT – Fundação EDP, Lisboa (2019); Vasco Araújo, M-Museum, Leuven (2018); Decolonial Desires, Autograph ABP, Londres (2016); Potestad, MALBA – Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, Buenos Aires (2015); Under the Influence of Psyche, The Power Plant, Toronto (2014); Debret, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo (2013); Eco, Jeu de Paume, Paris (2008); Em Vivo Contacto, 28.º Bienal de São Paulo, São Paulo (2008); Experience of Art, La Biennale di Venezia – 51th International Exhibition of Art, Veneza (2005); The World Maybe Fantastic, Biennale of Sydney, Sydney (2002). O seu trabalho está publicado em vários livros e catálogos e representado em várias colecções, públicas e privadas. www.vascoaraujo.org

 

Lisbon, 1975. Completed his first degree in Sculpture in 1999 at FBAUL, and attended the Advanced Course in Visual Arts at Maumaus in Lisbon. Also took part in residency programmes, such as The University of Arts, Philadelphia (2007); Récollets, Paris (2005) and the Core Program (2003/04), Houston. In 2003, he was awarded the EDP Prize for New Artists, Portugal. Since then, he has participated in various solo and group exhibitions both in Portugal and abroad: Momento à parte, MAAT – Fundação EDP, Lisbon (2019); Vasco Araújo, M-Museum, Leuven (2018); Decolonial Desires, Autograph ABP, London (2016); Potestad, MALBA – Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, Buenos Aires (2015); Under the Influence of Psyche, The Power Plant, Toronto (2014); Debret, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo (2013); Eco, Jeu de Paume, Paris (2008); Em Vivo Contacto, 28th Bienal de São Paulo, São Paulo (2008); Experience of Art, La Biennale di Venezia – 51th International Exhibition of Art, Venice (2005); The World Maybe Fantastic, Biennale of Sydney, Sydney (2002). His work has been published in various books and catalogues and is represented in several public and private collections.

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Vasco Gargalo nasceu em Vila Franca de Xira em 1977. Ilustrador em regime freelancer, reside e trabalha em Vila Franca de Xira. Formação e experiência nas Artes de Ilustração e Banda Desenhada no Ar.co e Faculdade de Belas-Artes de Lisboa. Frequenta atualmente o mestrado em Ilustração Artística do Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC) em protocolo com a Universidade de Évora. Até ao momento participou em diferentes publicações de tiragem nacional: editoras, jornais, revistas, agências de publicidade, projetos artísticos de Ilustração e Banda Desenhada. Participou em várias exposições coletivas e individuais em Portugal. Prémios: Em 2014, Prémio Especial da Humorgrafe, na IV Bienal de Humor Luís d’Oliveira Guimarães, em Penela. Vencedor do Concurso Sardinhas das Festas de Lisboa, promovido pela EGAC, 2011. Em 2009 recebeu o Prémio Stuart de Desenho de Imprensa do El Corte Inglês, para melhor cartoon/caricatura da Imprensa Portuguesa. Prémio Juventude de Ilustração, XIX Salão Nacional Humor de Imprensa em Oeiras, 2005. Menção Honrosa no IX Salão Luso-Galaico de Caricatura em Vila Real, 2005.

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Artista algarvio, nasce em 1992 em Faro, onde até hoje reside e trabalha.

Desde cedo mostrou interesse nas áreas artísticas, ingressando na licenciatura de Artes Visuais que completou em 2015, e posteriormente na pós-graduação de Artes Visuais e Performativas, ambas na Universidade do Algarve.

Das suas exposições destacam-se Ruínas, com Sandro Resende, no Museu das Ruínas de Milreu em 2015, Oilgarve, em Faro e Aljezur, em 2015 e 2016, e Anatomias do Som, com Milita Doré, Susana de Medeiros e Pedro Cabral Santo no festival Som Riscado em 2016.

Foi também curador das duas exposições do Festival Med em 2016 ao lado de Charlie Holt, onde participou como artista de 2014 até esse ano.

O seu trabalho consiste em objets trouvés, desenhos ou outros elementos que nos remetem para um trabalho no território, colocando o artista na posição de explorador e observador dos vestígios da nossa presença no planeta, assim como nos leva a ponderar a nossa natureza individual no contexto da homogeneização global que se faz sentir na contemporaneidade. Na música desenvolve vários projectos autorais com diferentes músicos, num paralelismo sónico com o seu registo visual.

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Foi em 1893 e na cidade de Santiago que ele nasceu, mas pouco ou nada se lhe nota dos prestígios bancários e das raízes agrárias da sua família. Com pouco Chile na cabeça, bem cedo se deixou entusiasmar pelo mundo. Ali ao pé havia a mais europeia Buenos Aires, para onde Huidobro bem cedo começou a fugir do seu Chile, imensa língua de terra entalada entre os Andes e o mar, onde já havia uma Gabriela Mistral quatro anos mais velha do que ele e a fazer versos, mas ainda longe de poder impressioná-lo com os Sonetos de la Muerte e com Desolación; onde o menino Pablo Neruda, onze anos mais novo, precisaria de mais uns tantos para chegar aos seus Veinte poemas de amor y una canción desesperada; onde José Donoso só começaria a existir em 1924; onde Roberto Bolaño esperaria por 1953 para chegar à luz dos seus dias…

Vicente Huidobro pertencia à pije ou ao pituco (a alta classe chilena apontada com estas palavras na linguagem popular do seu país); tinha consigo o prestígio sanguíneo da Casa Real de la Moneda do Chile e posses para fazer viagens na Europa; para frequentar com comodidade Madrid e sobretudo aquele Paris que o dominou e fez escrever em francês um terço da sua obra literária.

[…]

Em 1931 passou a ser autor do famoso poema Altazor, que começa por este anúncio: Nasci com trinta e três anos, no dia da morte do Cristo; nasci no Equinócio, por baixo das hortências e dos aeroplanos do calor… Altazor fez de Huidobro um reconhecido poeta chileno; e o seu papel, como director de polémicos jornais, continuou também a mostrá-lo como incansável activista político.

Foi nesta última fase literária que Huidobro intercalou na bem alimentada prestação poética seis ficções em prosa — três publicadas em 1934: Cagliostro; La próxima (Historia que pasó en un tiempo más); Papá o El Diario de Alicia Mit; — em 1939 Sátiro o El Poder de las Palabras; em 1935 Tres Inmensas Novelas (estas em colaboração com o dadaísta Hans Arp) e em 1929 o romance chamado Mio Cid Campeador.

A sua actividade literária, muito de vento em popa, foi enfraquecida pela Segunda Guerra Mundial; o poeta esmoreceu a favor de outro Huidobro, o jornalista chileno que se fez correspondente de guerra em Paris.

A paz de 1945 devolveu-o ao Chile; deu-lhe a direcção de mais uma revista que se chamou Actual, e levou-o a um segundo divórcio que teve como principal motivo o seu relacionamento amoroso com Raquel Señoret Guevara, trinta anos mais nova do que ele.

Em tudo isto Huidobro mostrava uma intensa actividade física e intelectual que não lhe prenunciava o inesperado fim: — em 2 de Janeiro de 1948, aos cinquenta e cinco anos de idade, quando não pôde resistir às consequências de um derrame cerebral. Foi enterrado em Cartagena, Valparaiso; e, de acordo com a sua vontade, num túmulo onde «pudesse ouvir-se o ruído do mar».

Vicente Huidobro foi um poeta insatisfeito com a sua poesia; depois de tudo o que escreveu, de o celebrarem por Altazor, pela elasticidade de Equatorial, pela graça dos Poemas árticos, pelo vigor de Tout à coup, pelo «aceso claro-escuro» de El ciudadano del olvido, viu-se nesta frase melancólica: — Um poema é uma coisa que nunca é, mas que devia ser.

[Aníbal Fernandes, «Apresentação», Cagliostro, Sistema Solar, 2021]

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Literariamente marginalizado em vida, Victor Segalen tem agora uma boa reputação póstuma com direito ao inquérito que apenas consegue dar realce, numa biografia neutra, à mãe autoritária, à miopia forte e à morte singular. Mal damos por ele nas suas viagens de fim de mundo, vinte e cinco anos depois de nascido em Brest, 1878, quando seis planetas em signos de terra lhe concertam no céu astrológico um «horror ao mar» que passa a ironia maior na sua carreira da Marinha. E sendo ironia, por certo vai também ser privilégio do médico de bordo todo literato e entregue aos seus livros do Deferente (lembremos aqui Os Imemoriais sobre os Maoris; os poemas chineses de Stèles; os poemas de Thibet; o romance — à falta de melhor palavra Equipée…), ou seja, entregue aos seus livros de homem das lonjuras que vê o mundo e diz sempre por escrito as suas visões assombradas quase sempre por um «Real-Limite» a todo o passo tocado pela fluidez do Imaginário. Subitamente esvaído, Victor Segalen regressa à Europa: ainda vai ser amigo de Gourmont, Debussy e Huysmans antes de preparar a morte prematura, doente não se sabe nunca de quê. «Fui cobardemente traído pelo meu corpo!» — queixume numa carta dos últimos dias a Jean Lartigue — «De há muito este corpo me incomodava mas lá ia obedecendo, razão de eu ter podido arrastá-lo a corrupios vários que não eram, na aparência, feitos para ele […] Sífilis: zero; tuberculose: zero; anemia: zero; paludismo: zero. […] Não tenho nenhuma doença conhecida, apanhada, verificável, e assim mesmo tudo é como andar gravemente afectado. Já não me peso; não quero saber de remédios; só vejo, muito simplesmente, a vida afastar-se de mim.» Solitário, em Maio de 1919 hospeda-se num albergue da Finisterra, na floresta de Huelgoat que é centro mítico do Ciclo do Rei Artur, e manhã mal nascida sai de aparente passeio para morrer debaixo de uma árvore com o Hamlet aberto numa cena do III Acto.  

[Aníbal Fernandes, na introdução de A Cidade Proibida]

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