0,00€
A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z
Eduardo Lourenço

Filósofo e ensaísta, nasceu a 23 de Maio de 1923, em S. Pedro de Rio Seco (Almeida – Guarda) e morreu a 1 de Dezembro de 2020, em Lisboa.

Dele nos diz Guilherme d'Oliveira Martins, aquando da atribuição do Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes (2020):

«[…] Falar de Eduardo Lourenço é invocar o grande intérprete de Portugal. E o certo é que a sua reflexão abre horizontes, recusando uma visão fechada ou retrospetiva da nossa identidade, abrindo-lhe novas dimensões, não mitológicas, mas capazes de integrar o imaginário crítico num diálogo diacrónico e sincrónico de diversos tempos e culturas. […]

Ensaísta enciclopédico, eis como podemos definir o lugar de Eduardo Lourenço na cultura portuguesa. Não há autor fundamental do século XIX e XX da literatura portuguesa que tenha passado despercebido ao ensaísta e crítico. Como leitor incansável, pôde encontrar, mesmo em referências menos notórias, um significado, com uma capacidade única de relacionamento no tocante a uma cultura, com naturais limitações, que, sempre que se abriu e se deixou influenciar, que adicionou às suas características próprias e originalidades os elementos miméticos alheios, tantas vezes reconfigurados, com extraordinárias surpresas. Em lugar de alimentar uma ilusão sobre qualquer lusofonia paternalista ou uniformizadora, o ensaísta alerta-nos para a exigência de entendermos a modernidade como um ponto de encontro entre a racionalidade, o idealismo e a emotividade, dramática e poética. […]

Nascido em S. Pedro do Rio Seco na raia beirã em 1923, aluno do Colégio Militar, licenciado e professor na Universidade de Coimbra, onde lhe foi outorgado o Doutoramento honoris causa, lecionou em Heidelberg, em Montpellier, na Bahia e sobretudo na Universidade de Nice — ao lado de Annie Salomon, grande hispanista e sua mulher de uma vida. Fundador da revista Vértice, manteve colaboração muito ativa nas revistas culturais e na imprensa, sendo uma das referências de O Tempo e o Modo e Raiz e Utopia. Escreve não para recuperar o país, que não perdeu, mas para o "pensar" com a mesma paixão e sangue-frio intelectual com que pensava quando "teve a felicidade melancólica de viver nele como prisioneiro de alma"».

 

Fotografia de Susana Rodrigues

ARTIGOS RELACIONADOS
RECEBA AS NOVIDADES!
SUBSCREVA A NEWSLETTER E ESTEJA SEMPRE A PAR DE NOVIDADES E PROMOÇÕES
REDES SOCIAIS
© 2014. Sistema Solar. Todos os Direitos são reservados - Política de Privacidade | Livro de Reclamações Digital
design bin?rio