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Bruno da Ponte

Bruno Domingues da Ponte (1932-2018) nasceu em Ponta Delgada, São Miguel, Açores, mas cedo foi para Lisboa onde frequentou a licenciatura em Económicas, que não concluiu. Posteriormente, licenciou-se e fez o mestrado em Hispanic Studies e a pós-graduação em Linguistics, na Universidade de Edimburgo.

Com interesses culturais multifacetados, durante a sua vida foi editor, galerista, gerente, tradutor, jornalista, professor e escritor.

Colaborou no suplemento de artes e letras do semanário micaelense A Ilha (1952-1956). Em Lisboa, foi redactor do semanário cultural Jornal de Letras e Artes, desde o seu início em 1961, e, posteriormente, foi editor das páginas dedicadas ao teatro.

Foi co-fundador da Editorial Minotauro (1960-1966), que dirigiu. A editora, que publicou obras de invulgar qualidade literária, inovadoras no meio cultural português e de elevado apuro gráfico, seria barbaramente encerrada pela PIDE, que, selando a porta para impedir qualquer funcionário de nela entrar, deixou deliberadamente uma torneira aberta que destruiria todo o stock, obras de arte e documentação contabilística.

Dirigiu a Galeria de Arte Divulgação, que funcionava no mesmo espaço da Minotauro e que, tal como a editora, teria o mesmo fim ditado pela PIDE. Esta Galeria expôs artistas emergentes na época — António Areal, René Bertholo, Lourdes Castro, Rodrigo, Menez, entre muitos outros —, que vieram a distinguir-se no meio artístico português. O pintor e escultor catalão Antoni Tàpies foi outro artista que a Galeria teve também o mérito de expor.

Activista antifascista toda a vida, trabalhou em Londres na International Defence and Aids Fund, uma organização anti-apartheid, fundada em 1956, onde Bruno da Ponte publicou o seu livro The Last to Leave — Portuguese Colonialism in Africa (IDAF, 1974).

Convidado pelo Governo moçambicano de Samora Machel para fundar e dirigir a Escola de Jornalismo em Maputo, apoiada pela UNESCO e destinada a alunos de vários países das ex-colónias portuguesas, aí permaneceu entre 1980 e 1984.

De novo em Lisboa, envolve-se na fundação das Edições Salamandra (1984-2005), que, entre muitos obras de autores de várias nacionalidades, cria a Colecção Garajau — nome de uma ave frequente nas ilhas açorianas — dedicada a autores açorianos e a temas sobre os Açores, criando um importante acervo da variada criatividade açoriana. Onésimo de Almeida designou esta Colecção, com 121 títulos, «A grandiosa ponte de Bruno da Ponte» que tornou «todos os seus editados menos ilhéus» (2005).

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