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Lisboa, 16 de Março de 1825 – Vila Nova de Famalicão, 1 de Junho de 1890. O escritor dominou a segunda geração romântica e pode considerar-se como seu maior representante. Publicou volumes de poesia lírica nos moldes da época; poemetos satíricos mais ou menos pessoais; folhetos e amplos volumes de contundentes polémicas; dedicou-se também à crítica e à história literária, com agudo senso do ridículo e de certos factores biográficos; muito versado em problemas genealógicos, em certas miuçalhas eruditas, bibliográficas e anedotas históricas, deixou também vários volumes de investigação e miscelânea; para o teatro produziu dramas históricos e passionais, e comédias de caracteres; no jornalismo, além de folhetins, poesia e crítica literária, produziu ainda, em vários periódicos, um trabalho vasto e indiferenciado de redacção e direcção; traduziu muito; prefaciou e editou numerosas obras; deixou epistolografia vastíssima. No entanto, o género mais importante da sua obra é a novela e o conto, género em que criou algumas obras-primas e com as quais preencheu o melhor de vários volumes.

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É doutorada em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho (2012), professora associada na Universidade Lusófona e investigadora integrada no CICANT — Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias. É diretora do Doutoramento em Comunicação e Ativismos da Universidade Lusófona — Centro Universitário do Porto. As suas áreas de investigação são o género, feminismos, ativismos, interseccionalidade, media e comunicação. Tem publicado em revistas e livros nacionais e internacionais, participado em conferências e projetos de investigação e ação, quer como investigadora quer como consultora. É investigadora principal dos projetos FEMglocal — Movimentos feministas glocais: interações e contradições (PTDC/COM-CSS/4049/2021)e Vozes em Rede: participação de mulheres em processos de desenvolvimento (COFAC/ILIND/ CICANT/1/2021). Integra ainda, como investigadora e consultora, outros projetos de investigação nacionais e internacionais. É coordenadora do grupo de Investigação e Políticas do GAMAG — Global Alliance on Media and Gender e faz parte da direção da APEM — Associação Portuguesa de Estudos sobre as Mulheres. Integra a Comissão de Ética da ECREA e o Conselho de Opinião da RTP.

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Carlos Alberto Brito Ferreira do Amaral nasceu em Lisboa em 1943 por acaso e em Paris em 1963 por necessidade… político-militar. Estudos de comércio em Lisboa, licenciatura de sociologia em Paris e formação artística em parte alguma. Múltiplos empregos com função alimentar entre 1957 e 1979; desenhador de imprensa desde 1980. Publicou desenhos em numerosos títulos franceses, entre os quais La Vie Ouvrière, Les Nouvelles Littéraires, L’Événement du Jeudi, Le Monde Diplomatique, L’Humanité, Citoyens du Monde e alguns portugueses, em 1974/75: República, Sempre Fixe, Diário de Lisboa; colaborou regularmente no diário Le Monde de 1983 a 2011 e no semanário satírico Le Canard Enchaîné de 1987 a 2012. Participou em exposições colectivas em vários países da Europa, das Américas e da Ásia; exposições individuais em França e Portugal; recebeu vários prémios nacionais e internacionais; participou em júris internacionais na Grécia, Portugal, Alemanha, Brasil e Dinamarca. Publicou igualmente alguns livros e participou noutros. Actualmente vice-presidente geral da FECO, Federation of Cartoonists Organizations, que federa uns 2000 desenhadores de cerca de 30 países nos 5 continentes.

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Carlos Alberto do Lago Cruz Corais vive em Braga. Licenciado em História pela Universidade do Porto (1980); Curso de Desenho de Modelo sob orientação do Mestre Sá Nogueira, Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisboa (1985-1986); Bachelors in Fine Arts (1989) e Master in Fine Arts (1995) pela Universidade de Massachusetts, Amherst, EUA. Professor de Desenho no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro (1996-1998). Doutorado pela Escola de Arquitectura da Universidade do Minho, com a tese Expressão e Expressividade no Retrato Naturalista do Século XX (2013). Professor da disciplina de Desenho e Movimentos da Arte e Arquitectura Contemporânea (com Prof. Arq. Francisco Ferreira) na Escola de Arquitectura da Universidade do Minho (1988-2014). Director do Museu Nogueira da Silva/UM, Braga (2006-2014). Expõe desde 1990.

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(Lisboa, 1980) é professor e investigador de cinema, integrado no Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes (CITAR), da Escola das Artes (EA) da Universidade Católica Portuguesa — Porto. Desde 2019 que integra como programador o comité de selecção de longas metragens do festival IndieLisboa. É crítico de cinema e membro fundador do site de cinefilia À pala de Walsh. É licenciado em Cinema e em Direito, e doutorado em Ciências da Comunicação com uma tese sobre Educação para o Cinema, tendo colaborado ao longo dos anos em rios projectos internacionais nessa área (CinEd; Shortcut; Moving Cinema), coordenados em Portugal pela associação Os Filhos de Lumière. É autor de vários cadernos pedagógicos, nomeadamente sobre filmes de Pedro Costa, Manoel de Oliveira ou João Salaviza. É vice-presidente da AIM — Associação de Investigadores da Imagem em Movimento.

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Nasceu em Guimarães, em 1951.

Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, exerceu durante alguns anos a advocacia, que abandonou para se dedicar à docência e à escrita. Tem colaboração dispersa por numerosas publicações e revistas literárias.

Tem publicados os seguintes livros: O Número Perfeito (edição do autor, Guimarães, 1987) O Invisível Simples (Limiar, Porto, 1988); Rotações [com António Ramos Rosa e Agripina Costa Marques] (Cadernos Solares, Lisboa, 1991); Três Ritos (Pedra Formosa, Guimarães, 1993); Movimento e Repouso (Pedra Formosa, Guimarães, 1994); Sinais [edição bilingue portuguesa-finlandesa, com fotografias de Markku Niemenlehto] (edição de autor, Guimarães, 1998); A Nuvem (Pedra Formosa, Guimarães, 2000); Coração Alcantilado (Opera Omnia, Guimarães, 2007); Arte Nenhuma (Opera Omnia, Guimarães, 2012).

 

 

 

 

 

 

 

Nasceu em Guimarães em 1951. Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra, tendo exercido advocacia até 1985. Professor do ensino secundário, vivendo na sai cidade natal, onde publicou o seu primeiro livro, em 1987.

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Carlos Relvas (1838-1894) nasceu na Golegã, filho de um abastado proprietário rural. Educado por professores particulares, aprendeu ciências e línguas, com destaque para o francês. No entanto, depressa se deixa atrair pelas actividades ao ar livre, distinguindo-se de igual modo no tiro de pistola e carabina, como jogador de pau, florete e sabre, ou na equitação. Homem eclético, Carlos Relvas interessou-se sobretudo pela fotografia, produzindo uma obra de grande envergadura, onde se destaca também a magnífica casa-estúdio que construiu no jardim da sua residência do Outeiro. Mas além de fotógrafo, foi ainda político e lavrador, criador de cavalos e cavaleiro, inventor, e até músico. À frente das propriedades da família, Relvas mostra-se um agricultor influente, sector onde introduziu máquinas e processos de produção pioneiros. Monarca convicto, figura de fidalgo da época, Carlos Relvas vive no coração das suas terras, impondo-se pela fortuna, talento e carisma. Criador de gado e produtor de azeite, mel e vinho, Relvas exporta os seus produtos e é distinguido em várias exposições internacionais do sector. Com uma curiosidade insaciável e uma absoluta necessidade de inventar e descobrir, Relvas coloca esta sua faceta principalmente ao serviço da fotografia. Mas alarga-a a outras áreas. É assim que concebe e constrói um bote salva-vidas revolucionário, que tinha a particularidade de voltar à posição inicial sempre que se virava.

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Nasceu em 1981, em Portugal, e reside em Londres. É curadora, ensaísta e investigadora.

Atualmente, é doutoranda no PhD Curatorial/Knowledge (Departamento Visual Cultures), do Goldsmiths College, da Universidade de Londres. Até iniciar o doutoramento esteve a lecionar na ESAD|CR na Licenciatura de Design e no Mestrado de Gestão Cultural, e na Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto no Mestrado de Artes e Design em Espaço Público tendo também co-orientado dissertação de mestrado. Licenciou-se em História – variante História da Arte pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra em 2003 e terminou o seu mestrado em Estudos Curatoriais pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa em 2009. No ano lectivo de 2010/2011 foi selecionada pelo programa CuratorLab para desenvolver um trabalho de investigação sobre praticas curatoriais (Universidade Konstfack, Estocolmo, Suécia). Esta investigação contou com a orientação da curadora Maria Lind. Colaborou, também, como curadora assistente de Claire Doherty na Situations, programa de curadoria da Universidade West of England, Bristol em 2009. Entre outros projectos curatoriais, em 2011 foi curadora da quarta edição do Junho das Artes, em Óbidos; em 2010 foi curadora da exposição «o mundo visto da terra, aqui à volta de casa*» no Museu Bernardo; e em 2008 realizou o Projecto Criação Artística no Jardim Botânico da Universidade de Lisboa, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. Tem escrito artigos de opinião em revistas da especialidade, textos para catálogos e realizado conferências abordando as temáticas que têm sido alvo da sua investigação.

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Nasceu em Concepción, Chile, em 1970.

É licenciada em Artes e ex-advogada. Em 2003 foi seleccionada em Le Fresnoy, França, para um programa de residência que apostava no cruzamento entre arte contemporânea e cinema. Saquel utiliza a imagem em movimento para alterar a percepção da temporalidade de assuntos aparentemente banais e sem importância. Os gestos corporais, a história da pintura e os seus géneros, a observação da natureza despojada da presença humana, referências cinematográficas e documentais são alguns dos pontos de partida da sua obra em vídeo. A fotografia, a serigrafia e outros procedimentos gráficos acompanham também a sua reflexão sobre a imagem em movimento. O seu trabalho tem sido apresentado em exposições individuais e colectivas, em festivais de cinema e videoarte, entre os quais, Espai 13, na Fundación Joan Miró, em Barcelona; na Kadist Art Foundation, Paris; no Harbourfront Centre, Toronto, Canadá; no Musée d’Art Moderne et Contemporain de Strasbourg; Grand Palais, Paris; Espace Culturel Louis Vuitton, Paris; Bloomberg Space, Londres; Württembergischer Kunstverein Stuugart.

Vive e trabalha em Paris desde 2005.

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Concluiu a licenciatura em História da Arte, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, em 2000. Em 2008 concluiu o mestrado em Museologia e Património, nesta mesma instituição. Desenvolveu competências nas áreas científicas da investigação em história da arte em contexto museológico através de actividades relacionadas com a documentação ou estudo das colecções (sobretudo na sua inventariação e catalogação) e exposição. Esta investigação desenvolveu-se em função da edição do Catálogo Raisonné de Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918), sendo ainda autora da Fotobiografia do artista (Volume I do Catálogo Raisonné, editado em Dezembro de 2007). Entre 2004-2006 realizou a investigação preparatória da exposição Amadeo de Souza-Cardoso Diálogo de Vanguardas, assumindo as funções de comissária-adjunta e coordenadora editorial do catálogo da referida exposição (coordenação partilhada com Helena de Freitas). Integrou a equipa científica do volume II do Catálogo Raisonné de pintura de Amadeo de Souza-Cardoso. Actualmente trabalha na Casa das Histórias Paula Rego.

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Nasceu em Lisboa, em 1972.

Historiadora da arte. Trabalha no âmbito da arte contemporânea, através de projectos curatoriais, edições, inventariação e organização de espólios artísticos, seminários, cinema documental, membro de júris, entre outros. Doutorada em História da Arte – Teoria da Arte em 2015 pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, mediante bolsa de doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Investigadora, desde 2006, do Instituto de História da Arte (FCSH-UNL). Desenvolve, desde 2014, investigação curatorial para a Colecção do Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves. Integrou, entre 1995-2006, o Serviço de Exposições da Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea (Almada), onde desenvolveu projectos de investigação e colaborou e/ou foi responsável pela coordenação de exposições e respectivos catálogos. Co-autora do filme documentário sobre o escultor Alberto Carneiro, Dificilmente o que habita perto da origem abandona o lugar (2008, produção Laranja Azul). Autora de livros e catálogos de exposição e de ensaios para catálogos de exposição, actas de congressos e imprensa. Prémio José de Figueiredo [ex-aequo], Academia Nacional de Belas Artes, 2008, com o livro Alberto Carneiro, os primeiros anos, 1963-1975 (2007). É membro da Associação Portuguesa dos Historiadores da Arte, da Associação Internacional de Críticos de Arte Portugal e da International Association of the Word and Image Studies.

 

[Fotografia de Luísa Saldanha]

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É professora auxiliar do Departamento de Sociologia da Universidade da Beira Interior (UBI) e investigadora do CIES-IUL (Centro de Pesquisa e Estudos em Sociologia). Atualmente é presidente do Departamento de Sociologia da UBI. Os seus interesses da pesquisa são género e cidadania; mobilidades, transportes,e desigualdades; trabalho e organizações. O seu doutoramento analisou as áreas metropolitanas portuguesas utilizando o paradigma das mobilidades. Está particularmente interessada na relação entre mobilidades rurais e transfronteiriças e o desenvolvimento local. É presidente da Comissão de Igualdade da UBI (CI-UBI) pelo que trabalha as temáticas do género, ensino superior e investigação numa abordagem de investigação-ação ao mesmo tempo que se dedica ativamente a atividades de gestão de mudanças organizacionais e de intervenção social na comunidade local.

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É um dos mais notórios cartoonistas da sua geração no Brasil.

Natural de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, iniciou a sua carreira como ilustrador e caricaturista aos 15 anos, no jornal Diário de Minas (DM), em 1988, num projeto editorial arrojado e revolucionário para os padrões gráficos e editoriais da época. Trabalhou e adquiriu experiência no ambiente frenético da redação, que tinha na coordenação dois visionários jornalistas: Sulamita Esteliam e Sebastião Martins, que valorizavam a produção de conteúdo sempre acompanhada por muitas ilustrações ao longo das páginas nas edições diárias.

Desde criança já sabia que queria ser desenhista, inspirado na genialidade do mestre Ziraldo e, mais tarde, no talento dos irmãos Paulo e Chico Caruso, que o ajudaram a abrir portas, e permitiram que a sua arte ultrapassasse importantes fronteiras na grande imprensa brasileira.

Porém, movido pelo ímpeto de se descobrir e se aprimorar na profissão, ingressou, em 1991, no curso de Educação Artística da Escola Guignard – Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG). Foi neste período, aos 19 anos, que ele também se afirmou como artista plástico, sem se afastar da grande paixão pelas artes gráficas e, principalmente, pelo exercício diário de desenhar caricaturas.

Mas inquieto que sempre fora, perseguiu novas lições sobre o uso de texturas no desenho e afastou-se do formato convencional da escola académica de arte.

Criou laços intuitivos com o autodidatismo e orientou-se em pesquisas e na profunda admiração pelos trabalhos dos artistas gráficos: Hermegildo Sábat, Carlos Nine, Luis Trimano, Cássio Loredano, Mario Vale, Henfil, Angeli, Ralph Steadman, Robert Crumb e Brad Holland. E isso foi definitivo para causar um sobressalto criativo na sua abordagem artística.

Cau também domina várias técnicas nas artes plásticas e pintura, e é a meio dos estudos no uso das tintas que ele mais se realiza ao se reciclar nas obras dos grandes mestres e pintores que ele mais admira: Rubens, Goya, Rembrandt, Picasso, Magritte, Toulouse-Lautrec, George Grosz, Candido Portinari, Anita Malfatti e Jean-Michel Basquiat.

Desde 1993, Cau adotou Salvador, a capital da Bahia, para viver e trabalhar em estúdio próprio nas suas produções. Colaborou por mais de três décadas nos importantes veículos impressos de comunicação do Brasil, tendo publicado os seus trabalhos em destacados jornais e revistas: O Estado de São Paulo (Estadão), Jornal do Brasil, Hoje em Dia, Cometa Itabirano, Pasquim 21, Playboy, Palavra, Gráfica Magazine, Veja e Piauí. O impacto positivo dos seus trabalhos na imprensa baiana levaram-no a receber, no ano de 2009, na Câmara de Vereadores, o título de Cidadão Honorário da Cidade de Salvador, em reconhecimento da sua atuação no jornalismo baiano, principalmente através dos desenhos de humor político publicados diariamente nas páginas de opinião editorial, no jornal A Tarde por dezasseis anos.

Em 2020, ele completa 32 anos de carreira e, no seu currículo, possui mais de sessenta grandes prémios nacionais e internacionais, além de inúmeras menções honrosas.

Participou em várias exposições e júris, incluindo a curadoria do 8º RIDEP (Rencontres Internationales du Dessin de Presse) – França, em 2007.

Ministrou oficinas, workshops e palestras em países como Colômbia, Cuba, França e Portugal.

O seu talento é reconhecido internacionalmente, e, a cada dia, o artista tem vindo a surpreender em diversas áreas do humor gráfico, com propostas novas de cartoons, caricaturas, charges, ilustrações, pinturas em telas e painéis, banda desenhada, animação, desenhos, criação de marcas e projetos gráficos, entre outras.

Atualmente, é freelancer e publica regularmente nos jornais: A Tarde, em Salvador; Le Monde Diplomatique-Brasil, em São Paulo; e Courrier International, em Paris. Entre os livros que ilustrou, destacam-se: o álbum de banda desenhada/HQ Billy Jackson (2013), pela RV Cultura e Arte Editora; O Dia em que os Gatos Aprenderam a Tocar Jazz (2012); Dias de Tempestade (2013); e E Eu, Só uma Pedra (2016) – todos pela Companhia Editora de Pernambuco (CEPE). No final de 2019, concluiu as ilustrações para o livro infantojuvenil ATchim!, da mesma editora.

É também coautor e ilustrador do livro Pastinha, o Menino que Virou Mestre de Capoeira – único livro baiano infantojuvenil a ser finalista do Prémio Jabuti, em 2012, publicado pela Solisluna Editora.

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Cécile Bertrand é uma das raras mulheres, senão a única, que alguma vez ocupou o lugar de caricaturista editorial num diário francófono.

Nascida em Liège, Bélgica, inicia-se na ilustração para crianças depois dos estudos em arte que fez na escola Saint-Luc. É também pintora e escultora. Desde 1981 que faz as ilustrações de numerosos livros para a juventude. Em 1989 começou uma carreira de caricaturista e adquiriu rapidamente notoriedade graças ao seu estilo característico, redondo, cheio e, ao mesmo tempo, marcado pela sensibilidade. O seu traço simples e divertido veicula um discurso poderoso e eficaz, usando com abundância metáforas visuais, com textos curtos e incisivos. As suas colaborações mais conhecidas são em Vif / L’Express, Plus Magazine e Axelle, uma revista da vida feminina onde ela aborda as questões de um ponto de vista mais feminista. Em 2003, publica a primeira recolha dos seus desenhos de imprensa, Les femmes et les enfants d’abord («As mulheres e as crianças em primeiro lugar»). Desde 2005, é caricaturista editorialista no diário La Libre Belgique com a sua série Os Piolhos. Em 2007 publicou uma coletânea das suas caricaturas Les Poux. Expõe também com regularidade as suas obras plásticas. É membro do Cartooning for peace / Desenhos para a paz. Recebeu por duas vezes o Grand Prix PCB (Press Cartoon Belgium) em 2007 e 2011. [Extrato do livro de Mira Falardeau Femmes et Humour («Mulheres e Humor), edições Hermann, 2014]

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Investigadora Principal da Universidade de Lisboa e do Centro de Biologia Ambiental (CBA). Especialista em Briologia, desenvolvendo investigação sobre a Brioflora de Portugal, Espanha, Ilhas da Madeira e Açores, abrangendo estudos florísticos, taxonómicos e ecológicos de floras tropicais. Desenvolveu as primeiras abordagens sobre a diversidade biológica de briófitos e outros organismos, assim como, a primeira Lista Vermelha dos Briófitos Ibéricos e de Portugal. Colaborou na avaliação da biodiversidade e na obtenção de padrões de distribuição e modelação de ocorrência de briófitos em todo o país, baseados em análises informáticas e de GIS. Simultaneamente, desenvolve Investigação Aplicada (impactos ambientais e alterações de clima), biomonitorização da qualidade ambiental, de poluição atmosférica e aquática, em estudos de Impacto Ambiental e na quantificação de metais pesados no ambiente, alguns ligados à saúde.

Publicou cerca de 420 títulos quer em revistas nacionais, quer internacionais. Destas publicações 26 correspondem a livros ou capítulos de livros, em que foi autora, co-autora ou colaboradora.
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Licenciado em Biologia Vegetal Aplicada e Doutorado em Ecologia pela Universidade de Lisboa. Pós Doutoramento em Ecossistemas Tropicais. Desde 1996 desenvolve estudos em ecologia e taxonomia de briófitos em Portugal. O objetivo principal de sua tese de doutoramento foi contribuir para o conhecimento das comunidades de briófitos epífitos dos carvalhais da Rede Natura 2000. Neste momento colabora com a UICN na conservação das espécies e trabalha em modelação ecológica, tentando perceber o efeito das alterações climáticas nos diferentes taxa. Desde 2007 trabalha também na caracterização das comunidades briofíticas do Arquipélago de São Tomé e Príncipe. É responsável por cerca de 15.000 espécimes georreferenciados de briófitos alojados no herbário do Museu Nacional de História Natural e da Ciência-Universidade de Lisboa.

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Nasceu em Lausanne no dia 24 de Setembro de 1878.

Licenciado em letras clássicas pela Universidade de Lausanne, foi professor e preceptor. Era um solitário e, como nos diz Aníbal Fernandes na Apresentação de Derborence, «arrastava-se, entediado, por estas ocupações, sentindo que só havia em si um escritor literário». Viveu entre Paris e a sua terra natal. Em 1914, com o início da Grande Guerra, regressou à Suíça, onde continuou a dedicar-se à escrita. A sua obra trata essencialmente da relação Homem-Natureza e da impotência dos humanos relativamente às forças naturais. A sua escrita dividiu e extremou opiniões, acabando por ser reconhecida de forma mais generalizada e consensual. Entre os seus defensores, encontramos Cocteau, Rolland, Céline, Claudel.

Morreu em Lausanne no dia 23 de Maio de 1947.

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Chen Cun é o pseudónimo de Yang Yihua, escritor de etnia Hui nascido em Xangai no ano de 1954. O seu nome literário é homónimo de uma aldeia na província de Anhui, para onde o autor foi enviado quando tinha 17 anos, durante o movimento zhiqing em plena Revolução Cultural. Foi nessa altura que começou a escrever. Em 1975, devido a problemas de saúde, regressou a Xangai, onde trabalhou numa fábrica e depois concluiu os estudos em educação política, apesar dos seus interesses em história e literatura. Em 1983 deixou a ocupação de professor para se dedicar inteiramente à escrita. Desde então, publicou vários romances e antologias de contos com foco nas experiências da geração zhiqing e em estilo avant-garde, vários deles reconhecidos com importantes prémios literários na China. Nas últimas décadas, Chen Cun tem promovido a literatura de internet, criando e gerindo plataformas digitais para uma criação literária mais livre, experimental e acessível. O conto que integra esta antologia é a primeira obra do autor traduzida para português.

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É Professor de Filosofia alemã na Université Lille 3, membro do laboratório Savoirs, Textes, Langage (CNRS, Lille3, Lille1) e membro associado do Centre d’herméneutique phénoménologique (Université Paris-Sorbonne). Entre outros títulos, é autor de Au détour du sens. Perspectives d’une philosophie herméneutique (Paris, 2007), Qu’est-ce qu’une conception du monde? (Paris, 2006), La Philosophie de Schleiermacher. Herméneutique, dialectique, éthique (Paris, 1995). Tradutor de filosofia alemã (Feuerbach, Cassirer, Manfred Frank, Josef Simon…), editou, traduziu e apresentou numerosos textos de Schleiermacher, entre os quais a Ética (Paris, 2003) e a Hermenêutica (Paris-Lille, 1989), e, em colaboração, a Estética (Paris, 2004), a Dialéctica (Paris, 1997) e os Diferentes métodos do traduzir (Paris, 1999). Os seus principais domínios de investigação são a história da filosofia alemã e a questão da hermenêutica, quer na sua relação com a história, quer nas suas dimensões contemporâneas.

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Nascido em 1972, na Cidade do México, começou a publicar profissionalmente no El Universal (1989-1994). Colaborou também no El Economista (1994-1998), no La Jornada e no Reforma, no qual publica sem interrupção desde 1998.

Entre os prémios que ganhou destacam-se: Prémio de Desempenho Juvenil (México, 1995); Prémio Nacional de Jornalismo José Pagés Llergo (México, 1997); 2.º Prémio de Cartoon Editorial no World Press Cartoon (Sintra, Portugal, 2007); Prémio Tomy, na XVIII Bienal de Humorismo Gráfico (San Antonio de los Baños, Cuba, 2013); 1.º Prémio de Caricatura Pessoal Joaquín Sabina (Havana, Cuba); 1.º Prémio de Humor Gráfico em Gallarate (Itália, 2016); Prémio «A la Inventividad» por ilustrações da BD Diario de un esquizofrénico (SKC, Belgrado, 2017); 1.º Prémio na Categoria Profissional, na «Francofonía por la Libertad de Prensa» (França, México, 2020).

É membro do Sistema Nacional de Creadores de Arte (FONCA, Narrativa Gráfica), (México, 2017).

Doou à Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM) mais de seis mil caricaturas correspondentes a trinta anos de trabalho como caricaturista editorial (México, 2022).

Em 2008 publicou o livro Editorial Cartoon Ark (Grécia, 2013).

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Nasceu em Belo Horizonte, Brasil, em 1974.

Graduada em Belas Artes na Universidade Federal de Minas Gerais (1997-1999). O seu trabalho tem circulado em importantes exposições como as Bienais de Havana (2006) e de Lyon (2007); a Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2013 e 2014); a Bienal de Istambul (2013) e a Bienal de Sharjah (2013 e 2015).

Das suas exposições contam-se Panorama da Arte Brasileira, São Paulo e Madrid (2007- -2008); To come to, Sprovieri Gallery, Londres (2009); Bienal de São Paulo, Brasil (2010); Zero de Conduta, Galeria Vermelho, São Paulo (2011); No Lone Zone, Tate Modern, Londres (2012); Triennial of New Museum, Nova Iorque (2012); Sala de Arte Publico Siqueiros, Cidade do México (2012); Dundee Contemporary Art, Escócia (2012); Secession, Viena (2014); Em-entre-paraperante, Silvia Cintra + Box4, Rio de Janeiro (2015); Duplex Gallery, PS1, Nova Iorque (2016).

Em 2017 ocupou o Pavilhão Brasileiro na 57.ª Bienal de Veneza e em 2018 desenvolveu a exposição individual The Family in Disorder: Truth or Dare no Modern Art Museum, Oxford. Foi vencedora de prémios como o International Prize for Performance, Trento (2006); o Annual TrAIN Artist in Residency award at Gasworks, Londres (2009); e The Future Generation Art Prize, Kiev (2010). Recebeu uma Menção Honrosa na 57.ª Bienal de Veneza (2017).

Actualmente vive e trabalha em São Paulo.

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Claire de Santa Coloma (*1983, Buenos Aires) vive e trabalha em Lisboa. Estudou escultura de talha direta nos Ateliers Beaux Arts de la Ville de Paris. Simultaneamente, obteve o mestrado de investigação em Artes Plásticas na Universidade La Sorbonne, Paris. Entre 2007 e 2009 foi artista residente na Casa de Velázquez, em Madrid, e frequentou o programa de Estudos Independentes da Maumaus, emLisboa (2009-2010). Entre as suas exposições recentes destacam-se: «Modo de Uso», 3+1 Arte Contemporânea, Lisboa (2020); «Chuva», Appleton – Associação Cultural, Lisboa (2018). A sua obra é representada em coleções públicas e privadas.

 

Claire de Santa Coloma (*1983, Buenos Aires) lives and works in Lisbon. Santa Coloma studied direct carving sculpture at Ateliers Beaux Arts de la Ville de Paris. At the same time, she obtained a ma in Visual Arts Research at La Sorbonne, Paris. Between 2007 and 2009 she was artist in residence at Casa de Velázquez, Madrid and attended the Independent Studies programme at Maumaus in Lisbon (2009-2010). Recent exhibitions include: “Modo de Uso”, 3+1 Arte Contemporânea, Lisbon (2020) and “Chuva”, Appleton – Associação Cultural, Lisbon (2018). Her work is represented in numerous public and private collections.

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Coordenadora do projecto Falso Movimento — Estudos sobre escrita e cinema, é professora auxiliar no Departamento de Literaturas Românicas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e investigadora do Centro de Estudos Comparatistas da mesma instituição. Desenvolve o seu trabalho nas áreas da Literatura Brasileira, da Literatura Comparada e dos Estudos Interartes. O seu livro A Forma do Meio. Livro e Narração na Obra de João Guimarães Rosa foi publicado em 2011 pela Unicamp (Brasil). No âmbito do projecto editou com José Bértolo A Escrita do Cinema: Ensaios (Documenta, 2015), com Tom Conley Falso Movimento: Ensaios sobre escrita e cinema (Cotovia, 2016) e, com Francisco Frazão e Susana Nascimento Duarte, uma antologia da crítica de Serge Daney (O Cinema que faz escrever: textos críticos, Angelus Novus, 2015).

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Arquitecta de formação, divide o seu trabalho actual entre a escrita e a realização cinematográfica, entre a ficção e os documentários. Nascida no Porto em 1970, estudou arquitectura nessa cidade e cinema em Lisboa e Barcelona. Licenciou-se em arquitectura na FAUP em 1995. Publicou o seu primeiro livro de contos, O Caderno Negro, em 2003, na Editora Tinta Permanente, e o segundo, A Fábrica da Noite, na Editora Ulisseia, em 2010. A sua peça Londres foi vencedora do Grande Prémio de Teatro SPA/Teatro Aberto 2011, e editada pela Imprensa Nacional – Casa da Moeda. Publicou o seu primeiro romance, A Casa Azul, em 2014. Concluiu o curso de Escrita de Argumentos para Longas-metragens da Gulbenkian, com a London Film School, em 2006. Terminou o curso de cinema na Restart, em 2007. Os seus contos foram editados em Portugal, Espanha e Itália. Realizou quatro curtas metragens e um documentário. Foi responsável pelos argumentos, storyboards, realização, direcção de arte, montagem e (na maioria dos casos) produção dos seus próprios filmes. Estes já foram exibidos em Portugal, no Brasil, no Uruguai, na Índia, em Cuba e em Itália, tendo sido premiados em diversos festivais.

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Jornalista, crítica de dança e escritora, nasceu em Lisboa, em 1972.

Escreve sobre artes performartivas em geral e dança em particular para jornais desde 1994, em publicações como BLITZ, O Independente, Jornal de Letras, NetParque – portal de cultura do Parque das Nações, Dance Europe, Mouvement, Visão, entre outros. Escreve sobre artes performativas para o semanário Expresso desde 2005.

Foi editora do magazine sobre artes performativas «Palcos AGORA» (2015 na RTP2). Foi editora do suplemento semanal «Artes de Palco», do programa «Magazine», da 2: da RTP (de 2004 a 2006), e editora do magazine cultural «AGORA», também da RTP2 (2012-2014). Escreveu sobre artes e cultura, nomeadamente dança, para jornais como O Independente, Diário Económico, O Público ou Jornal de Letras. Entre 2001 e 2003, teve um programa semanal de entrevistas na rádio Voxx, intitulado «À Conversa sobre Artes» e fez crítica de livros para a revista semanal TimeOut Lisboa.

Estreou-se na área da ficção em 2001, com Sensualistas, o primeiro livro da Trilogia Rock, ao qual se sucedeu Conto de Verão, em 2002 (livro seleccionado pelo Instituto Português do Livro e da Biblioteca para ser promovido na Feira do Livro de Frankfurt do ano seguinte), e O Tempo das Cerejas (2007), todos pela editora Oficina do Livro. Tem diversos contos publicados em colectâneas em Portugal e no estrangeiro, e textos sobre teatro e dança em publicações estrangeiras, alguns apresentados em conferências internacionais.

Fez documentação de seminários, festivais e programas de experimentação e residência artística, como o Colina – Colaboration In Arts, de Rui Horta (que aconteceu no Convento da Saudação, O Espaço do Tempo, em 2003 e 2004), TryAngle – Performing Arts Research Laboratories (2012, projecto europeu liderado por O Espaço do Tempo, de Rui Horta) ou o MOV-S (espaço de intercâmbio internacional de dança e das artes do movimento espanhol, com carácter itinerante, em Barcelona, 2007, Galiza, 2009, e Madrid, 2011), a título de exemplo… Foi, entre 2005 e 2006, observadora/consultora da rede Íris (rede de programadores de Itália, França, Espanha e Portugal).

Foi consultora da colecção de livros «Dança e Pensamento» editada a partir de 2009 em Espanha, traduzida para galego, castelhano e catalão, resultante da colaboração entre o Mercat de les Flors (Barcelona), o Centro Coreográfico Galego (Galiza) e a Universidade de Alcalá (Madrid). No âmbito desta, publicou em 2009 o ensaio «Unidades de sensação» na colectânea «Arquitecturas do olhar». Ainda nesta área, publicou o livro Corpo de Cordas – 10 anos de Companhia Paulo Ribeiro, uma história biográfica de uma vida ligada à dança, pela Assírio & Alvim (Fevereiro de 2006) e o ensaio biográfico Pina Bausch – Sentir Mais, pela D. Quixote (2010), “There is nothing that is beyond yoyr imagination” (2015, no âmbito da rede europeia “Imagine 2020 – Art and Climate Change”, que reúne 10 teatros europeus, liderada pelo Kaaitheater, em Bruxelas), “15 anos do Espaço do Tempo” (2016, Centro Coreográfico de Montemor-o-Novo, de Rui Horta). Foi a escritora principal do livro TryAngle – Performing Arts Research Laboratories (2013). A publicação constou do resultado do programa europeu com o mesmo nome, residências artísticas experimentais que aconteceram em três cidades da Europa: O Espaço do Tempo (Centro Coreográfico de Montemor-o-Novo, de Rui Horta, líder do projecto), Les Bernardines (em Marselha, França) e Tanzhaus nrw (em Düsseldorf, Alemanha). Claudia Galhós foi «scribe» (documentadora diária) dos três laboratórios.

Integrou diversos júris, de prémios e de concursos de subsídios a artistas, da dança e do teatro, no contexto do Ministério da Cultura português e também no estrangeiro, foi o elemento independente ao mesmo MC da Comissão de Acompanhamento e Avaliação das estruturas com contratos-programa plurianuais de Lisboa e Vale do Tejo e da região Centro, para as áreas da dança e transdisciplinares, entre 2010 e 2012.

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[…] tinha-lhe sido dado o nome Honoré Gabriel Riqueti de Mirabeau [9/3/1749 – 2/4/1791); era o primogénito de Victor Riqueti, economista e marquês de Mirabeau. E quando a criada de quarto de Marie-Geneviève de Vassan lhe entregou depois do parto o filho acabado de nascer, mostrou-se muito prudente com esta frase:

— Não vos assusteis, senhora.

Mostrava-lhe e encaixava-lhe nos braços uma criança de grande cabeça, tomada nos seus primeiros anos de vida por um sintoma de hidrocefalia. À fealdade fisionómica (que Victor Hugo, no seu Étude sur Mirabeau veio a definir como «grandiosa e fulgurante», secundada pelo «pé torto, dois grandes dentes e a enorme cabeça»), acrescentemos-lhe as marcas da varíola que desde os três anos de idade maus enfeites lhe deixaram na pele do rosto. É do seu pai a crueldade deste fraternal aviso: «Aí vai um sobrinho vosso, tão feio como o de Satanás.» (Má sorte física, que bem pouco encontramos na benevolente visão dos seus retratistas.)

Se o velho marquês quis ver o seu filho protegido pelas dignidades de uma honrosa carreira militar, bem cedo ele se mostrou com uma rebeldia que a tudo opôs vultuosas dívidas não pagas, devassidões e escândalos. Logo aos dezoito anos de idade entrou no seu currículo bélico uma guerra na Córsega; e, coisa curiosa a provar-nos que a sorte nos amores pouco se atém às belezas do físico: conquistou uma amiga íntima do coronel do seu regimento. A ira paterna — trovejante e digna de um marquês de romance — levou-o a pedir, e a conseguir para o seu filho, um encarceramento punitivo na ilha de Ré.

[…]

Nos seus nove meses de Amsterdão, o jovem conde de Mirabeau foi escritor e tradutor de textos ingleses assinados com o pseudónimo Saint-Mathieu. Mas a Justiça do seu país, incitada pelas diligências do marido atraiçoado, não foi lenta; a sua aventura foi juridicamente sentida como sedução de mulher casada e rapto, aquilo que a França punia com leis que condenavam à morte e ao gume da guilhotina. Houve em Maio de 1777 um pedido de extradição e a consequente entrega dos dois fugitivos a uma escolta policial; Mirabeau foi parar às masmorras de Vincennes; Sophie, grávida, foi acabar a sua gestação numa casa de saúde de Paris, e depois do parto expedida para Gien, onde tinha à sua espera uma decente reclusão no convento das irmãs de Santa Clara. Durante cinco anos, Sophie fez uma vida retirada, que só teve fim com a morte do seu velho marido; durante três anos e a poucas celas de distância do marquês de Sade, o conde de Mirabeau matou o tédio a escrever; e escreveu muito, e investigou muito; tudo o que lhe foi necessário para as suas ficções mais celebradas e pôr em livro as curiosas erudições da Erotika Biblion.

[…]

Quando morreu, a 2 de Abril de 1791, pôde encontrar-se como justificação um copo de vinho, delicioso mas envenenado. O seu funeral enfeitou-se com honras ditadas por Luís XVI (que só teria por mais um ano a cabeça presa ao pescoço), e o seu corpo foi transportado com grandes pompas para o Panteão; mas foi alguns meses depois encontrado o dito «armário de ferro» no palácio das Tulherias, com documentos que mostravam as suas relações com o rei e a rainha de Versalhes; a excitada correria de um povo que já executava os actos violentos da sua revolução, encaminhou-se para a sua sepultura; violou-a, despedaçou-a, e lançou-lhe os restos aos esgotos de Paris.

[Aníbal Fernandes]

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Cristina Maria dos Santos Conceição é doutorada em Ciências Agrárias na Universidade de Évora, é Professora associada no Departamento de Zootecnia, da Escola de Ciência e Tecnologia da Universidade de Évora, investigadora do MED, MED – Instituto Mediterrâneo de Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento, Universidade de Évora. As suas áreas de ensino e investigação inserem-se nas áreas dos sistemas integrados de produção animal, sistemas de produção e transformação de leite de grandes e pequenos ruminantes de uma forma sustentável, numa óptica de economia circular, valorização dos recursos, avaliação sensorial dos produtos agroalimentares e intenção de compra e requisitos de especificidade dos consumidores. Coordenadora Institucional de vários projectos de investigação, e membro da equipa de outros, é autora ou co-autora de vários capítulos de livros e artigos científicos em periódicos internacionais indexados. Orientou e orienta estágios em contexto empresarial, alunos de mestrado e alunos de doutoramento.

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Vive e trabalha em Lisboa.

Artista, doutorada em Arte Contemporânea pelo Colégio das Artes da Universidade de Coimbra (2021-2011), mestre em Filosofia, na área de Estética pela Universidade Nova de Lisboa (2010-2008), frequentou o Plano de Estudos Completo em Desenho e o Curso Avançado de Artes Plásticas pelo Ar.Co, Lisboa (2000/1994).

Em 2019 iniciou o projecto editorial, «Conversa em torno do desenho com Cristina Robalo», em parceria com a Documenta.

Tem publicado inúmeros artigos no âmbito académico e textos de prosa desenhada — «Nada voltará a ser como antes: Giuditta e Oloferne», Homeless monalisa, Colégio das Artes, Universidade de Coimbra (2020) e «do escuro: Madonna dei palafrenieri», Skhema — Revista Interartes, Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa (2021).

Mantém actividade artística, destacando-se as exposições: No avesso da transparência, águas livres 8, Lisboa (2019); Icthus salso, na Giefarte, Lisboa (2011) e Desenho Incerto — Cinco leituras do espaço, Galeria do Colégio das Artes, Coimbra (2020).

Representada na colecção da Culturgest, Fundação Benetton, Banco Espírito Santo, Fundação Carmona e Costa e Colecção Giefarte. Foi bolseira da Fundação para a Ciência e a Tecnologia e no âmbito da produção artística/teórica obteve o apoio da Dgartes, Fundação Carmona e Costa, Fundação Calouste Gulbenkian e do Instituto de Arte Contemporânea.

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Nasceu em Lisboa.

Tem o curso de Pintura da ESBAL.

O seu trabalho tem-se repartido entre cartoon, ilustração, animação e multimédia. Principais publicações onde colabora ou colaborou: Público, Expresso, Independente, África 21, Combate, Courrier International, New York Times, Wall Street Journal, Washington Post, Puls Biznesu, Kleine Zeitung, Die Presse.

Principais exposições: O Desenho dos Dias, Bedeteca de Lisboa 2001; Na Ponta da Linha, Cartoon Xira 2003; Ilustrace Cristiny Sampaiové, Praga 2007; Combate Ilustrações 88/89, A Comuna 1989; Por Timor, Padrão dos Descobrimentos 1992; Declaração Universal dos Direitos Humanos, Malaposta 1996; 25 Bandas Desenhadas comemorativas do 25 de abril, Cordoaria Nacional 1999; 500 anos de Brasil, Casino Estoril / Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro 2000; Coisas que Acontecem, Cordoaria Nacional 2004; World Press Cartoon, Centro Cultural Olga Cadaval 2005 a 2010; Ilustração Portuguesa, Bedeteca de Lisboa 1998 a 2004; World Press Cartoon – Prix 2005-2008, Fundação Calouste Gulbenkian, Paris 2008; Cartoons from the 27 Countries of the EU, Zappeion Megaron, Atenas 2008; Cartoon Xira, Celeiro da Patriarcal, Vila Franca de Xira 2009 e 2010; Expressions – International Cartoon Exhibition, Global Forum on Freedom of Expression, Drøbak 2009; Dessine-moi la Paix en Méditerranée, Marseille 2009; Um Século, Dez Lápis, Cem Desenhos, Museu da Presidência da República 2009; Taches d’Opinion, Mémorial Cité de l’Histoire, Caen 2010; Res Publica, Fundação Calouste Gulbenkian 2010.

Principais prémios e distinções: Society of News Design USA – Award of Exellence, 2002, 2005 e 2009; Prémio Stuart de Desenho de Imprensa, categoria Cartoon, El Corte Inglés / Casa da Imprensa, 2006 e 2010; 1.º Prémio World Press Cartoon 2007, categoria Cartoon Editorial; Menção Honrosa World Press Cartoon 2009; Society of News Design de Pamplona, Medalha de Prata 2009.

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Artur Manuel do Cruzeiro Seixas nasceu na Amadora, em 3 de Dezembro de 1920.

Frequentou a Escola António Arroio, onde conheceu Mário Cesariny, Vespeira, Júlio Pomar e Fernando Azevedo. Em 1948, com Mário Cesariny, António Maria Lisboa, Carlos Calvet, Pedro Oom e Mário-Henrique Leiria, entre outros, integra o Grupo Surrealista de Lisboa, resultante da cisão do recém-formado movimento surrealista português. Participa na exposição desse grupo em 1949 (1.ª Exposição dos Surrealistas, Lisboa).

Em 1950 entra na Marinha Mercante e parte para África. Em 1952 fixa-se em Angola, onde realiza as primeiras exposições individuais, que marcaram muito fortemente a sociedade local. Regressa a Portugal em 1964.

Em 1966 é convidado por Natália Correia a ilustrar a célebre obra Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica. Em 1967 expõe na Galeria Buchholz, em Lisboa, e expõe com Mário Cesariny no Porto.

Recebe uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian em 1968.

Em 1970 e 1972 expõe a Galeria de São Mamede, em Lisboa, com a publicação de textos de Mário Cesariny, Laurens Vancrevel e Herberto Helder.

Em 1973 publica-se o livro Cruzeiro Seixas, por Mário Cesariny, na colecção «Escritores e Artistas de Hoje».

Entre 1968 e 1974 dirige a Galeria São Mamede e de 1976 a 1983 a Galeria da Junta de Turismo do Estoril, bem como entre 1985 e 1988 a Galeria de Vilamoura, no Algarve.

Em 1977 expõe em Amesterdão com Raúl Perez e Philip West.

Em 1986 edita-se o livro de poemas de Cruzeiro Seixas, Eu Falo em Chamas, com apresentação de André Coyné. Publica-se um álbum referindo 230 obras de diversos autores, da colecção de Cruzeiro Seixas, adquiridas pela Fundação Cupertino de Miranda, Vila Nova de Famalicão.

Colabora nas revistas surrealistas francesas Phases, holandesa Brumes Blondes e na canadiana La Tortue-Lièvre.

Nos últimos anos, galerias como Gilde (Guimarães), SOCTIP (Lisboa), Constância (Constância), Presença (Porto), Neupergama (Torres Novas), São Bento (Lisboa), Almadarte (Costa de Caparica), Funchália (Funchal), São Mamede (Lisboa), Adjectivo (Santarém), Lumière Noir (Montreal – Canadá) ou ArteManifesto (Porto) realizaram exposições individuais de Cruzeiro Seixas.

Redige diversos prefácios para exposições de Cesariny (1969), de Raúl Perez (1981), de Philip West (1988) e de Eugenio Granell (1996).

Morreu em Lisboa, em 8 de Novembro de 2020.

 

 

Foto: Cruzeiro Seixas com Perfecto E. Cuadrado.

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Nasceu no dia 19 de Setembro de 1910, em Ludwigsburg, e morreu no dia 14 de Janeiro de 2012, em Munique.

Entre outros, traduziu para alemão alguns dos mais importantes escritores brasileiros mas é conhecido sobretudo por ser o tradutor de Guimarães Rosa.

Foi director do Goethe-Institut em Lisboa entre 1969 e 1976. Sobre este período, diz-nos João Barrento, em 25 de Fevereiro de 2013, depois de traduzir os Diários Portugueses: «O que Meyer-Clason fez na Lisboa entre a primavera marcelista e o período pós-PREC poucos o fizeram: chega a Lisboa e em pouco tempo muda a paisagem cultural de uma Cidade meio adormecida e espartilhada pela censura de uma ditadura disfarçada, isolada e já descrente de si mesma. E fá-lo entrando pela porta da esquerda, de uma esquerda certamente não coesa, marcada por tonalidades que os Diários espelham, e que vão da mais ortodoxa à mais festiva. Mas também abrindo portas que o regime normalmente fechava, trazendo ao seu Instituto figuras, alemãs e não só, que só aí poderiam ser vistas e ouvidas, fazendo germinar sementes que o terreno estéril da ditadura não conhecia. Aí, no "Goethe" desses anos, como escrevi algures, "podiam pensar-se coisas que cá fora eram impensáveis".»

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Cyriaque Villemaux (1990 Offenburg) estudou alternadamente ballet e dança contemporânea na França e na Bélgica. Em 2008 recebeu uma bolsa para estudar com Alicia Alonso no Ballet Nacional de Cuba. Nesse mesmo ano ingressou na escola s.r.e.a.p., tendo-se graduado em 2012 com a distinção Muito Honor. Desde então tem trabalhado com artistas como Jean Calotte, Marie Piètre Gala, Cie les Claude’s e muitos outros. Actualmente estuda na Universidade Livre de Bruxelas (ULB), no departamento de Artes do Espectáculo, sob a direcção de Jim Ansor. Prepara a sua tese intitulada Biografia e Entrevista: uma prática performativa do outro.

 

Cyriaque Villemaux (1990 Offenburg) studied alternatively ballet and contemporary dance in France and Belgium. In 2008 he was granted a six months scholarship in order to study with Alicia Alonso at the Ballet Nacional de Cuba. That same year he joined the school s.r.e.a.p. from which he graduated in 2012 with the distinction Very Honorable. Since then he has been performing for artists such as Jean Calotte, Marie Piètre Gala, Cie les Claude’s and many others. At the moment he is studying at the Brussels University (ULB), the Arts du Spectacle department, under the direction of Jim Ansor and prepares the thesis Biography and Interview: a performative practice of the other.

 

Cyriaque Villemaux (1990 Offenburg) a étudié en alternance la danse classique et contemporaine, en France et au Royaume de Belgique. En 2008, il bénéficiait d’une bourse de six mois afin d’étudier avec Alicia Alonso au Ballet Nacional de Cuba. Cette même année il rejoignait l’école s.r.e.a.p. dont il sortait diplômé en 2012 avec la mention Très Honorable. Depuis lors, il a été l’interprète d’artistes tels que Jean Calotte, Marie Piètre Gala, Cie les Claude’s et bien d’autres. Il étudie à présent à l’Université Libre de Bruxelles (ULB) dans la filière Arts du Spectacle sous la direction de Jim Ansor. Il y prépare une thèse intitulée Biographie et Entretien : une pratique performative de l’autre.

 

 

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