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«O fôlego sem folga de Aníbal Fernandes», por Diogo Vaz Pinto
10-01-2018

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Não se pode também deixar de honrar o fôlego sem folga de Aníbal Fernandes que, aos 84, prossegue uma arquitectura paciente e esplendorosa pondo tijolo sobre tijolo, com obras escolhidas a dedo, talismãs caçados nos sarcófagos dos idiomas e latitudes mais diversas, sempre com aquele apuro de quem verte invenções de químicos através de uma alquimia que acrescenta ouro a esta língua, e que, se tantas vezes já lhe foi reconhecida, damos em esquecer, porque é tida já como património adquirido. Só este ano, fez crescer o nosso fascínio com, entre outros, títulos como “Gaspar da Noite”, de Aloysius Bertrand, “O Rato da América”, de Jacques Lanzmann, e Os “Cavalos de Abdera e mais forças estranhas”, de um dos autores favoritos de Borges, Leopoldo Lugones. Vale a pena acreditar em Deus só para pedir que lhe pague em nome desta nossa irremível ingratidão.

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Diogo Vaz Pinto, "A literatura contra a gigantesca Medusa de cabeças de Nada", Jornal i, 26 de Dezembro de 2017.

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