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«José de Guimarães - Um museu do outro mundo», por Maria do Carmo Piçarra
17-05-2018

10 anos de Museu do Oriente e 30 de Fundação Oriente foram assinalados, em termos expositivos, por um desafio de curadoria a José de Guimarães, notável artista plástico português e grande colecionador de arte. Apoiado por Nuno Faria, curador no Centro de Artes José de Guimarães, o artista dialoga com o suposto “outro” não ocidental, sempre central tanto na sua obra como na sua coleção de arte, através de dispositivos expositivos concebidos pelo arquiteto Campos Costa. Nestes, num piso ao negro e outro de paredes brancas, integram-se obras da coleção Kwok On de artes performativas asiáticas com outras originais do artista e ainda peças da sua coleção pessoal de arte chinesa.

O conceito desta exposição atualiza aquele organizador do espaço no Centro de Arte José de Guimarães. Tem, porém, a singularidade de dispor, de modo inédito, peças “dos séculos XIX, XX e XXI, de países tão distintos como a China, Índia, Indonésia e Tibete, pertencentes ao acervo do Museu, [que] entram em diálogo, entre outras peças, com Jades das dinastias Shang, Zhou e Han, e Bronzes da dinastia Han, pertencentes à colecção do artista, e são expostas de forma original em ‘caixas favela’ ou ‘relicários’ (Melancia, p. 7). O dispositivo arquitectónico criado para esse encontro, efémero, está, como a obra do próprio José de Guimarães, repleto de luz e cor.

O catálogo da exposição, uma co-edição do Museu com a Documenta, reúne textos dos promotores, curadores e arquiteto, abrindo ao negro, e, após uma passagem pela sala dourada, fechando branco, atualizando o equilíbrio entre Yin e Yang.

 

Maria do Carmo Piçarra, Diário do Alentejo, 27 de Abril de 2018.

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