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«João Pedro Cachopo: pensar o nosso tempo», por Maria João Cantinho, in «Caliban»
04-03-2021

[…] A hipótese avançada por Cachopo neste livro [A Torção dos Sentidos — Pandemia e Remediação Digital, Documenta, 2020], a de que a pandemia precipitou uma torção dos sentidos que nos ligam ao mundo «constitui uma radicalização do pressuposto da segunda pergunta: o pressuposto — que não é consensual — de que há algo profundamente transformador nesta crise» (Ibidem, p. 25). Este pressuposto diz menos sobre nós do que ele revela sobre o mundo e é exactamente este aspecto que mais lhe interessa. Empreendendo um diálogo com vários autores e apresentando sumariamente as suas teses, Cachopo permite-nos compreender diversos pontos de vista desses autores sobre a pandemia, numa reflexão sobre o presente. Se, para Zizek, o fenómeno representa um golpe fatal contra o sistema capitalista global, para Byung-Chul Han, por exemplo, representa uma «viragem autoritária no mundo ocidental» (p. 19) por causa da implementação de medidas de vigilância severas e do controlo de dados. Para o primeiro, trata-se de uma viragem optimista e, para o segundo, pessimista. Para Han, além disso, o vírus reflecte a passagem de uma «sociedade do cansaço» para uma «sociedade da sobrevivência» [5].

 

[Ler texto completo: https://revistacaliban.net/jo%C3%A3o-pedro-cachopo-pensar-o-nosso-tempo-425f9837c358]

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