Não é o humanismo que define a história do Ocidente: é o extermínio.
É preciso pensar Israel tal como Philippe Lacoue-Labarthe e Jean-Luc Nancy pensaram o nazismo, a partir do mito. Mas dizer isto não chega: é preciso interpelar a funcionalidade que o mito detém na política moderna. E, no entanto, também isto é insuficiente: é preciso pensar o mito como a forma através da qual o Ocidente se revela a si mesmo. […] Aquilo que Gaza nos volta a recordar de forma trágica é que o genocídio não é um mero «acidente da história» ou a excepção «irracional» que prova o humanismo do regime político do capital, mas um elemento constitutivo da história do Ocidente.
[Pedro Levi Bismarck]