Um homem e uma mulher num diálogo comovente e cúmplice sobre o amor, que deixa adivinhar uma intimidade de vários anos. A troca de recordações íntimas, a primeira vez. As banalidades, às vezes uma certa rudeza, do amor. Ou o que nele nos eleva e ilumina.
Este livro, traduzido por Maria Manuel Viana, foi publicado por ocasião da representação da peça na 8.ª edição do Lisbon & Estoril Film Festival, a 12 de Novembro de 2014, com encenação de Tiago Guedes e a participação dos actores Isabel Abreu e João Pedro Vaz. A representação única contou com a presença do escritor e realizador Peter Handke.
A peça Os Belos Dias de Aranjuez marca o regresso em grande de Peter Handke à escrita teatral. Um homem e uma mulher num diálogo comovente e cúmplice sobre o amor, que deixa adivinhar uma intimidade de vários anos. A troca de recordações íntimas, a primeira vez. As banalidades, às vezes uma certa rudeza, do amor. Ou o que nele nos eleva e ilumina. E, como acontece sempre na escrita de Handke, à mistura com estas recordações, uma atenção singular ao mundo, à natureza, aos pequenos sinais quase imperceptíveis que são indissociáveis dos mistérios do amor. Escrita por Handke directamente em francês, Os Belos Dias de Aranjuez teve estreia mundial, na versão alemã, no Festival de Viena, numa encenação de Luc Bondy, que depois abriria também a temporada do Odéon, em Paris. O realizador Wim Wenders realizou um filme a partir da versão francesa, co-produzido por Paulo Branco.
Peter Handke nasceu na Áustria, em 1942. Com uma obra literária que se desenvolveu desde o início entre a ficção narrativa e o teatro, Peter Handke é um dos maiores autores da literatura contemporânea, que se revelou também no ensaio, na prosa de reflexão e na poesia. Muitos dos títulos que o tornaram célebre foram traduzidos em português, entre eles, A Angústia do Guarda-Redes Antes do Penalty, Uma Breve Carta para Um Longo Adeus, Para Uma Abordagem da Fadiga, O Chinês da Dor, Numa Noite Escura Saí da Minha Casa Silenciosa, ou Poema à Duração. No cinema, para além de uma extensa e profícua colaboração com Wim Wenders, destaca-se a realização dos filmes A Ausência e A Mulher Canhota. Foi laureado com o Prémio Nobel da Literatura 2019.