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SINAL RESPIRATÓRIO — CARTAS PARA SERGIO LIMA
LITERATURAVOLTAR ATRÁS
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SINOPSE

Atrasado como estou em dar-lhe sinal respiratório não vou deixar o dia de hoje sem ao menos pôr aqui escrito o abraço ininterrupto que vai de mim para seu desde o primeiro dia do nosso contacto.

[Mário Cesariny, carta de 20 de Abril de 1977]

 

A primeira notícia de Mário Cesariny me foi dada por Aldo Pellegrini, em meados de 1967, quando da nossa troca de cartas para a montagem em São Paulo da I Exposição Surrealista, aliás XIII Exposição Internacional do Movimento dos Surrealistas. De imediato lhe escrevi sobre os planos da exposição. Em seguida enviou todo um material do movimento em Lisboa — envio urgente que Mário me comunicou por telegrama, dia 13 de julho ’67. A partir do que nossa correspondência vai se estender larga e loucamente, com umas poucas interrupções até 1995 e depois, nos últimos anos, torna- se rara e muito espaçada.

Mesmo assim vigorou sempre a parceria e cumplicidades que culminariam com a entrevista em vídeo que lhe fiz — em fins de junho 2006 — por ocasião da apresentação da «boneca» da revista-almanaque A Phala 2. Projeto esse, afinal, de que fora o principal incentivador desde meados de 1987 e que agora tinha em suas mãos.

[Sergio Lima]

 

O Surrealismo é justamente o mar de descobertas e naufrágios onde navegaram juntos Mário Cesariny e Sergio Lima, junto a muitos outros que sentiram a necessidade e a urgência românticas de sair da caverna à procura da luz e do caminho para a conquista do Absoluto (no conhecer, no sentir e no dizer uma realidade reabilitada, uma realidade poética, isto é, transformada e transtornada pela imaginação, como Cesariny pedia). […] As cartas de Mário Cesariny para Sergio Lima, como as enviadas para Laurens Vancrevel ou Cruzeiro Seixas, são um documento importante para a história do Surrealismo e, de maneira muito especial, para a história da intervenção surrealista em Portugal e no Brasil e as suas ligações através do diálogo entre dois dos seus protagonistas maiores.

[Perfecto E. Cuadrado]

 

Sergio Lima, nome artístico de Sergio Claudio de Franceschi Lima, nasceu no dia 28 de Dezembro de 1939 em Pirassununga, São Paulo, Brasil. Escritor-pintor, envolveu-se, desde 1955, com o surrealismo e o cinema. Em Paris, a partir de Setembro de 1961, passa a participar nas reuniões do grupo surrealista de Paris, no café La Promenade de Vénus, convidado pelo seu fundador André Breton. Desde então, é o responsável pela activação do surrealismo no Brasil e nos países de língua portuguesa, especialmente em Portugal, onde estabeleceu um diálogo muito próximo com Mário Cesariny. Estreou-se com Amore (Massao Ohno, 1963), obra referida na revista surrealista parisiense La Brèche. No Brasil, entre outras actividades, realizou a XIII Exposição Internacional do Surrealismo (1967), traduziu e organizou a antologia de poemas Amor Sublime, de Benjamin Péret (Brasiliense, 1985), e promoveu a exposição «Collage — Homenagem ao Centenário de André Breton (1896-1996)». Em 1995, inicia a publicação de A Aventura Surrealista, projecto de grande fôlego que se propõe compilar as ideias e as produções do movimento surrealista no Brasil e no mundo. Vive em São Paulo, num pequeno bosque verde cercado pelo bares da Vila Madalena.

Data:
Novembro de 2019
Acabamento:
Brochado, com badanas
Formato:
14,5 x 20,5 cm
Páginas:
200
EAN:
9789899006027

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