Marisa Mourinha e Marta Pacheco Pinto: «Concebemos esta publicação pensando-a como ferramenta educativa para quem ensina, e também investiga, no âmbito dos estudos de tradução, assim como de literatura comparada, comunicação intercultural e disciplinas afins.»
Autores das notas críticas e das traduções: Claudia J. Fischer, Cristina Almeida Ribeiro, Dominique Faria, Elisa Rossi, Esther Gimeno Ugalde, Hélder Lopes, Isabel Rego, Marco Bucaioni, Marisa Mourinha, Marta Pacheco Pinto, Martina Becchetti, Nivaldo dos Santos, Patricia Couto, Santiago Pérez Isasi, Serena Cacchioli, Telma Carvalho, Vânia Ferreira, Vera San Payo de Lemos, Vicente Cusin Dolgener.
É nosso argumento que as ficções de tradutores e da tradução podem ajudar a formar tradutores e a construir pensamento crítico sobre a tradução, em particular: a compreender o processo tradutivo como evento histórica e culturalmente situado; a distinguir a natureza porosa da actividade tradutória, que dialoga e convoca uma multiplicidade de saberes; a reflectir sobre o lugar do tradutor-intérprete na sociedade e no mundo; a desenvolver, maturar ou ampliar uma (auto)percepção sobre o próprio ofício e sobre expectativas sociais e éticas a respeito do desempenho dos tradutores-intérpretes enquanto mediadores interculturais. Enfim, acreditamos que a literatura, a par de outros discursos de representação ficcional (como o cinema, o teatro, a pintura, a fotografia, entre outros), pode educar, sensibilizar e preparar o futuro profissional da tradução para os desafios de um mundo globalizado e cada vez mais diversificado, multilingue e, claro, digital. Tomando, portanto, como pano de fundo as aventuras e desventuras de tradutores, propõe-se uma variedade de textos que possam ser trabalhados em comparação entre si e em diálogo com outros tipos de discurso sobre a tradução.
[Marisa Mourinha e Marta Pacheco Pinto]
Com o apoio do Centro de Estudos Comparatistas.