O que é experimental? Que experimental tem sido esse ao longo dos tempos? Quais as suas estratégias e práticas informais? Como fazer uma historiografia ou retrospetiva histórica desocupando protocolos de verdade e dando visibilidade a supressões?
Entre 2020 e 2023, a série de conversas Histórias do Experimental, uma parceria entre o Teatro do Bairro Alto e o Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, procurou dar a conhecer estudos singulares sobre episódios-chave do experimentalismo nas artes performativas acontecidos entre a década de 1960 e os dias de hoje. […] Inseriu-se nesta iniciativa o convite a André e. Teodósio para fazer uma conferência que, partindo da sua leitura de uma série de materiais (livros, revistas, programas, zines, guiões) por si colecionados ao longo de décadas, versasse, na média ou na longa duração, sobre o muito pouco estudado caso português. A sua proposta, declinada num podcast, numa conferência e noutro podcast, acabou por, dada a riqueza analítica e poética que contém, se autonomizar, representando uma charneira entre o que constituiu a primeira série do ciclo — comparativa e transnacional — e a segunda — local —, a que se chamou Histórias do Experimental (em Portugal): pessoas, experiências e lugares.
[Ana Bigotte Vieira]
O André e. Teodósio é um artista talentoso e criativo, com muitas qualidades pelas quais tenho imenso apreço. Só lhe falta por vezes alguma «noção». Este livro é claramente um passo em falso ou, se preferirem, um acidente teatral.
[José Maria Vieira Mendes]
Do autointitulado rei das piscinas do Vimeiro, um tratado escrito com alguma elegância e desenvoltura. Falta-lhe o resto. Podia ser um livro de culinária, uma enciclopédia sobre anfíbios ou um dicionário de esperanto. Apenas se transformou num livro de teatro porque me roubaram o computador onde constavam todos os meus escritos. Com amigos assim, quem precisa de inimigos? É caso para dizer: com André e. Teodósio a seu lado, scripta volant, verba volant. Mais um caso de pilhagem nas letras portuguesas. Assim também eu.
[Diogo Bento]
Com o Teatro Praga (colecção «Série»).