Jorge Pinheiro: «É que nós julgamos saber muita coisa mas, muito socraticamente, só sabemos que nada sabemos.»
Publicado por ocasião das exposições paralelas e correlacionadas no Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, e na Fundação Carmona e Costa, em Lisboa […]. As 90 obras sobre papel apresentadas na Fundação Carmona e Costa, que aqui surgem reproduzidas, foram seleccionadas pelo poeta, curador e crítico João Miguel Fernandes Jorge, em estreito diálogo com o artista. Já a selecção das 66 obras expostas em Serralves, que incluem pintura, desenho e escultura, foi feita pelo artista Pedro Cabrita Reis.
[Maria da Graça Carmona e Costa e Suzanne Cotter]
PCR –– Falarmos daquilo que ainda não sabemos bem é muito importante. Provavelmente isso virá a ajudar outros.
JP –– De facto, nós não sabemos por que razões chegamos a determinadas coisas. Há tanto em jogo naquilo a que pomposamente se chama o acto de criação.
[Pedro Cabrita Reis – Jorge Pinheiro]
O meio-dia é a hora da sombra mais curta. Há pintores que transportam para a sua arte esse luzeiro mais vivo, em que o real aparece na sua plenitude. Creio que este poderá ser um dos aspectos dominantes dos desenhos [1969-2017] que Jorge Pinheiro reúne na Fundação Carmona e Costa, no Outono de 2017.
[João Miguel Fernandes Jorge]
Co-edição com a Fundação de Serralves e com a Fundação Carmona e Costa.
Edição bilingue: português-inglês.