Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Deita-te, levanta-te e agora deita-te», de Maria Capelo, realizada na Fundação Carmona e Costa, com curadoria de Nuno Faria, entre 08-02-2017 e 18-03-2017.
Haverá uma disciplina oriental do fazer e do ver nestas sucessivas coreografias da mão e do olho. Mas há também uma angústia ocidental no pensar o que se faz e o que se quer fazer: ao procurar obsessivamente o espaço e o tempo perdidos, ao procurá-los, através de numerosas soluções, noutros lugares e noutros tempos, Maria Capelo não recupera nem salva a pureza original desse tempo ou desse lugar, antes faz com que os seus fantasmas comuniquem com os dos outros tempos e lugares invadindo a sua memória e intimidade, e assombrando-as. [João Pinharanda]
Sépare la craie du charbon, les coquelicots du sang.
Fais-moi le plaisir d’entrer et de sortir sur la pointe des pieds.
Point-virgule : vois, même dans la ponctuation, comme ils sont étonnants.
Couche-toi, lève-toi et maintenant couche-toi.
[André Breton, Paul Éluard excerto de «Le jugement originel», in L'Immaculée conception, 1930]
Edição bilingue português-inglês.
Em colaboração com a Fundação Carmona e Costa.