É o tempo que se celebra nesta visão dos 40 anos de trabalho de Maria José Oliveira.
Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Maria José Oliveira – 40 Anos de Trabalho», com curadoria de Manuel Costa Cabral, realizada na Sociedade Nacional de Belas-Artes, Lisboa, com o apoio da Fundação Carmona e Costa, de 15 de Maio a 17 de Junho de 2017.
Longe de fazer desaparecer, a morte inicia o desvelamento mais profundo, em direcção às origens. A verdadeira revelação começa com a morte. [José Gil]
[…] é uma artista das cores da terra, dos amarelos ouro, da infinidade dos tons de cinza, das aguadas da cal, dos brancos da porcelana, dos tons e timbres da grafite e do carvão. [Raquel Henriques da Silva]
Percorremos, demoradamente um a um, com o olhar os objectos preciosos e quase mágicos de Maria José Oliveira, e uma multiplicidade de transmutações parece estar a ocorrer a cada instante. [Ana Godinho]
Tempo […] é também um conceito profundo que percorre o seu trabalho: as matérias primeiras do mundo, o arco entre a vida e a morte, a história familiar, o discreto existir de cada dia. [Paulo Henriques]
o corpo é um alimento a meio caminho entre carne e espírito : o que […] nos dá a comer é pão seco, é leite, é cera, são folhas, é pólen, é sangue, é sémen – e tomamos nas mãos um vaso sagrado. [João Pinharanda]
Em consciência, sem pudor e com desprendimento, dá nome às «coisas» e sempre as coloca no lugar certo. Seja o corpo, o chão, a parede, uma mesa ou uma cadeira. Se esse lugar não existe, constrói-o. [Cristina Filipe]
Partindo do adorno e da elaboração de um corpo impossível, Maria José Oliveira inicia uma aventura poética muito pessoal, onde perpassa tanto a nostalgia como a comemoração, ou explicitando, quiçá, a dor da ausência. [Sílvia T. Chicó]
Textos de José Gil, Raquel Henriques da Silva, Ana Godinho, Paulo Henriques, João Pinharanda, Cristina Filipe, Sílvia T. Chicó.
Com a Fundação Carmona e Costa e a Sociedade Nacional de Belas-Artes, em Lisboa.
Edição bilingue: português-inglês.