José de Guimarães nos 30 Anos da Fundação Oriente e nos 10 Anos do Museu do Oriente
Nesta intervenção de grande escala, distribuída ao longo das duas galerias expositivas do piso 0 do Museu do Oriente, e sob a forma de dois espaços opostos e contrastantes, um preto, outro branco, à semelhança das duas energias Yin e Yang, a que as cores das obras de ambas as colecções imprimem ritmo e equilíbrio, artista, arquitecto e curador propõem um diálogo/reflexão em torno da ideia de Museu como espaço de alteridade, onde diferentes lugares e proveniências dialogam e ressoam entre si.
[Carlos Monjardino]
José de Guimarães, no seu trabalho, procurou territórios, investigou realidades, confrontou-se com culturas, colecionou memórias, apaixonou-se por artefactos, relacionou perspectivas emocionais, numa longa viagem de vida à volta do mundo, de Oriente a Ocidente, sem esquecer a África e a América Latina. Através da sua viagem, o seu trabalho fez o mapeamento de um território íntimo, quase ritualista e místico e ao mesmo tempo universal. Por ser íntimo é universal.
[Pedro Campos Costa]
Mais que uma exposição, é um projecto que problematiza, de modo latente, a apropriação dos objectos, e vai mais longe. Atribui-lhes novos significados e destaca os que são comuns, os que os une. Os objectos podem perder a polissemia do seu contexto de origem, quando chegam aos museus, mas sem dúvida ganham outros, novos, do novo contexto em que são incorporados.
[Sofia Campos Lopes]
Num lugar que escrutina a expansão cultural do universo português, a exposição constitui-se como uma poderosa e incisiva reflexão sobre o museu enquanto espaço de alteridade, em permanente troca e diálogo com a estranheza e a familiaridade entre a arte e vida, o museu e o mundo.
[Nuno Faria]
Design de Pedro Falcão.
Co-edição com o Museu do Oriente.
Edição bilingue: português-inglês.