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ET SIC IN INFINITUM
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28.00€
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SINOPSE

O título Et sic in infinitum é uma citação da frase que consta em cada um dos lados de um desenho do físico e cosmologista Robert Fludd […]. Reconhecido como uma das primeiras representações da criação do universo, o desenho dá a ver um quadrado negro imperfeito (em rigor é um trapézio), a imagem do pré-universo, do nada, do vazio negro (e sem forma) anterior ao evento da criação. O quadrado negro de Robert Fludd ilustra um enigma fundacional, mas em simultâneo assinala os limites da representação, ao anotar em cada margem do quadrado a frase Et sic in infinitum [E assim por diante até ao infinito].

 

Na produção artística de José Pedro Croft das últimas duas décadas é notória a estreita cumplicidade entre a escultura, o desenho e a gravura. São três disciplinas, três domínios funcionais, que se intersectam de forma não hierárquica, o que não impede reconhecer que questões e dilemas da escultura estão no cerne de muitas das suas realizações, como também podemos apontar, a partir de um outro ângulo de visão, que o desenho — como conceito, método e experiência das formas — é uma presença matricial e estruturante nos seus processos de composição e organização estética.

Através destas três práticas o artista tem produzido conglomerados de obras em que explora inúmeras variações a partir de formas básicas e arquetípicas, que são submetidas a experiências de derivação e reconversão que inevitavelmente debilitam os seus princípios estáveis e lógicos e testam a nossa perceptibilidade relativamente ao que nos rodeia e nos habita enquanto seres impregnados de visualidade. Por outras palavras, somos frequentemente conduzidos por um eixo de disquisições estéticas e conceptuais, para níveis propensos à aporia, à oscilação, ao paradoxo, que desaconselham o estreitamento perceptivo suscitado pela clareza e objectividade genericamente associadas à geometria.

É igualmente manifesto o interesse de José Pedro Croft pelos aspectos generativos da criação artística, ou seja, pelas potencialidades imanentes a cada meio, material ou forma, enquanto faculdades que contribuem para a singularidade de cada obra, mas também como remissões para a complexidade de que se reveste a experiência do mundo e a vasteza de coisas e dinâmicas espaciais e temporais que o constituem.

[Sérgio Mah]

 

Este livro foi publicado por ocasião da exposição Et sic in infinitum, de José Pedro Croft, com curadoria de Sérgio Mah, realizada na Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, com o apoio da Fundação Carmona e Costa, de 26 de Janeiro a 28 de Maio de 2023.

Data:
Janeiro de 2023
Acabamento:
Brochado
Formato:
21 x 26 cm
Páginas:
112 (a cores)
EAN:
9789895680771
OBSERVAÇÕES

Com Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva / Fundação Carmona e Costa.

Edição bilingue: português | inglês.


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